David Dinis, Director
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Bom dia!
Feriado passado, tempo de nos actualizarmos com as notícias.
Eis as desta noite:
O FBI interceptou um outro suspeito do ataque em Nova Iorque. E Trump foi disparando em todas as direcções: sugeriu prender o autor do ataque, um uzbeque de 29 anos, na base militar de Guantánamo, mudar a lei da imigração - e ainda atribuiu culpas a um senador democrata. A Maria João Guimarães explica (e a CNN dá conta do último tweet e de como o primeiro suspeito foi chegou ao tribunal).
Falando em Trump, a Bloomberg diz que o Presidente já escolheu o novo presidente do banco central americano: outrora visto como demasiado duro com os bancos, Jerome Powell vai mesmo ser o escolhido para a Fed - e um dos mais poderosos da América.
No Reino Unido, por outro lado, há um ministro de saída: as acusações de assédio a uma jornalista, mesmo antigas, não deram outra saída a Theresa May senão aceitar a demissão de Michael Fallon. Mas o caso pode não ficar por aqui: a classe política britânica enfrenta um turbilhão de denúncias de crimes sexuais e outros comportamentos impróprios.
Aqui ao lado, na Catalunha, o procurador vai pedir prisão para 15 dirigentes da região, que já se estão a apresentar ao juiz. Mas imagine quem decidiu ficar na Bélgica...
Com um pé na Europa dos grandes está o FC Porto. A equipa de Sérgio Conceição soube sofrer e está mais perto dos oitavos-de-final.
O que marca o dia
A discussão do OE 2018 só começa hoje, mas o Governo já negoceia com o Bloco um acrescento: vem aí um bónus para as reformas antecipadas pedidas no tempo datroika. Os bloquistas chamam a estes pensionistas os "lesados de Mota Soares". A notícia está aqui - assim como a lista dos seis principais assuntos pendentes nas conversas da maioria de esquerda.
Um outro assunto, que ganhou impulso: o Governo vai abrir um novo concurso para precários, diz o Negócios desta manhã. A segunda fase (até aqui não conhecida) começa já na próxima semana.
A caminho está também uma redução de IRS para as rendas. Na entrevista ao PÚBLICO e Renascença, o ministro do Ambiente conta que a taxa liberatória deve reduzir-se dos 28% para os 20% - e aproveita para anunciar que vai aplicar a taxa dos sacos de plástico a mais embalagens e que vai mesmo criar um "passe mobilidade".Esta parte deve ser lida atentamente, porque promete vantagens. A segunda parte também, porque vem com "um enorme peso na consciência".
Em Lisboa, Medina fez meia 'geringonça'. O autarca socialista conseguiu fechar um acordo com o Bloco, bastando-lhe um vereador para fazer uma maioria. O Bloco fica com o pelouro da Educação e Áreas Sociais - e o programa já está aqui resumido. Com surpresas, desde logo na Educação, contam a São José Almeida e a Liliana Valente.
De Bruxelas vem um puxão de orelhas para Portugal. O relatório do Parlamento Europeu sobre os Panamá Papers condena o "apagão" de 10.000 milhões transferidos para offshores. Com uma atençãozinha para Ricardo Salgado.
Uma pausa para ler...
Quatro trabalhos que acrescentam, aqui no PÚBLICO:
1. “Se eu morresse e vivesse outra vez podia ser um menino normal”. Sim, este texto é um murro no estômago. É a história de uma das oito crianças abusadas, por oito adultos, entre os quais os pais de duas delas, numa casa em Palmela. Um caso entre outros de crianças que tentam recuperar do trauma sem apoio psicológico. A penúltima sessão do julgamento foi adiada pela quarta vez esta semana. A Ana Dias Cordeiro não a deixa morrer. Aqui.
2. O capitalismo é mau, mas o comunismo “nem pensar”. Aqui entra o Manuel Carvalho, que está em Moscovo a medir a temperatura dos 100 anos de revolução comunista. A reportagem de hoje começa assim: "Depois de mais de duas horas de conversa em inglês e russo, umas fatias de bolo e café, doses imoderadas de memórias e aspirações, desabafos e perguntas sem resposta, Iana Dobrova deixa no ar um suspiro: 'Foi bom pensar sobre estas coisas todas da Revolução'”. A verdade é que a geração russa que nasceu depois do colapso soviético descrê da voracidade do capitalismo. Mas olha para o passado e fica quieta – apesar das Pussy Riot. Há heranças que demoram tempo a demolir, não é Manuel?
3. "Espantosamente, desde a crise nada mudou". Michael Ash, economista norte-americano, deixa o alerta: tanto as regulações como os desequilíbrios económicos actuais são semelhantes aos vividos antes da crise de 2007/2008. E uma nova crise financeira internacional é neste momento provável. Mas se nada realmente mudou, isso foi porquê? Nesta entrevista ao Sérgio Aníbal, Michael Ash dá a explicação.
4. O homem que já viu e produziu de tudo. É Alan Poul, o homem que nos colou ao ecrã em Sete Palmos de Terra e Westworld. Realizador e produtor, veio a Portugal a falar sobre uma indústria hoje "demasiado volátil e explosiva para fazer previsões”. Mas ele não resistiu à Joana Amaral Cardoso e fez as suas apostas: quer saber o que nos vai trazer a Netflix, a HBO e os outros "dinossauros" populares?
5. O dragão-de-komodo vai dar-nos a próxima geração de medicamentos? No sangue deles já foram identificadas 200 moléculas nunca antes vistas. E 48 delas têm efeitos antimicrobianos. Numa altura em que estamos a braços com a resistência das bactérias aos antibióticos, os cientistas viram-se para o sangue destes répteis. Vamos à procura dos seus segredos?
Agenda do dia
Hoje começa a discussão do Orçamento, na Assembleia. Mas começa também o primeiro congresso das Escolas, na Gulbenkian. Assim como o julgamento de Pedro Dias, o homem que esteve dias a fio a fugir da polícia no início do ano. Hoje é também o dia 1 de duas greves: uma dos técnicos de diagnóstico, outra dos guardas prisionais.
Lá por fora, será tempo de apresentação ao juiz, no caso dos ex-dirigentes da Catalunha, mas também da primeira visita de Aung San Suu Kyi ao estado de Rakhine, tristemente conhecido pela perseguição aos Rohingya.
Mais logo vem a Liga Europa, com dois clubes portugueses na luta: o Sp. Braga e o Vitória de Guimarães.
Dito tudo isto, se ainda estiver a caminho do trabalho, deixo-lhe o link para um dos nossos Podcasts. Chama-se "Do Género" e, nele, a Aline Flor parte de uma bela pergunta: como é que podemos educar as crianças sem alinhar nos estereótipos de género que estão por toda a parte? Ponha os headphones, entre por aqui e ouça, que vale bem a pena.
Eu despeço-me por aqui, com aquele sorriso e o desejo de sempre:
Dia feliz e produtivo!
Até quinta-feira.
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