Numa sessão em que as bolsas norte-americanas voltaram a fixar novos máximos históricos e as praças europeias fecharam em alta, o petróleo e o euro corrigiram dos máximos de Dezembro de 2014 fixados na véspera.
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt | Rita Faria afaria@negocios.pt16 de janeiro de 2018 às 17:16
Os mercados em números
PSI-20 deslizou 0,13% para 5.613,58 pontos
Stoxx600 ganhou 0,13% para 398,35 pontos
S&P500 valoriza 0,35% para 2.795,93 pontos
Juro da dívida portuguesa a dez anos cai 1 ponto base para 1,79%
Euro recua 0,25% para 1,2233 dólares
Petróleo desce 1,21% para 69,41 dólares por barril em Londres
Imobiliário e ‘utilities’ animam bolsas europeias
A maioria das bolsas europeias encerrou com sinal verde esta terça-feira, 16 de Janeiro, animada pelas cotadas do sector do imobiliário e ‘utilities’, cujas subidas anularam o pessimismo do sector mineiro e do petróleo e gás.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganhou 0,13% para 398,35 pontos, numa sessão em que só o londrino Footsie e o português PSI-20 contrariaram o sentimento positivo.
O PSI-20 deslizou 0,13% para 5.613,58 pontos, penalizado sobretudo pelo BCP e pela Galp Energia. O banco liderado por Nuno Amado desceu 0,65% para 28,91 cêntimos e a Galp Energia 0,65% para 16,10 euros.
Nos Estados Unidos, os três principais índices também seguem no verde, animados pelos resultados das empresas. O Dow Jones superou, pela primeira vez na história, os 26 mil pontos.
Alemanha e BCE penalizam euro
A moeda europeia esteve a recuar dos máximos de Dezembro de 2014 fixados nas últimas sessões, devido à incerteza sobre os resultados das negociações para a formação de um governo de coligação na Alemanha, depois de vários membros do SPD terem votado contra as conversações com o partido de Angela Merkel.
A política monetária também pressionou o euro, depois de a Reuters ter noticiado que não será tão cedo que o BCE vai alterar a sua comunicação com o mercado, no que diz respeito à retirada de estímulos. O euro desce 0,25% para 1,2233 dólares.
Juros descem antes de leilão de BT
Os juros da dívida pública portuguesa desceram ligeiramente, em linha com o comportamento das obrigações soberanas europeias, beneficiando com as notícias relacionadas com a política monetária do BCE. A "yield" das obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos descem 1 ponto base para 1,79%, na véspera do IGCP realizar um leilão de bilhetes do Tesouro (BT) em que espera arrecadar até 1.750 milhões de euros.
Os juros da dívida alemã cederam de forma mais acentuada (3 pontos base para 0,56%), pelo que o spread da dívida portuguesa agravou-se para 123 pontos base.
Euribor sobe nos prazos mais longos
A Euribor a três meses manteve-se hoje em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%, registado pela primeira vez em 10 de Abril do ano passado. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, subiu para -0,272%, mais 0,2 pontos base do que na segunda-feira e contra o actual mínimo de sempre, de -0,276%, registado pela primeira vez em 30 de Outubro. No prazo de 12 meses, a taxa subiu 1 ponto base para -0,186%.
Petróleo corrige após seis sessões em alta
O petróleo esteve hoje a corrigir de máximos de mais de três anos, com o Brent em Londres a ceder 1,21% para 69,41 dólares. Nas últimas sessões esta matéria-prima esteve a ser impulsionada pela expectativa em torno do prolongamento dos cortes de produção por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), bem como da queda do dólar.
O petróleo atingiu ontem um máximo desde Dezembro de 2014 acima dos 70 dólares, após uma série de seis sessões sempre a subir.
Criptomoedas afundam
A bitcoin está a afundar esta terça-feira, dando gás a um movimento de vendas nas criptmoedas, depois de o ministro das Finanças da Coreia do Sul ter reiterado que o país deverá proibir a sua negociação, naquele que é um dos mercados mais activos no que respeita a estes produtos. A bitcoin desce 14,24% para 11.934,56 dólares, depois de ter desvalorizado um máximo de 19,53% para 11.199,07 dólares, o valor mais baixo desde 22 de Dezembro.
Fonte: Jornal de Negócios
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