Situação na Corte Suprema anda tensa e ministros começam a não se entender.
O Supremo Tribunal Federal (STF) teve a chance de declarar o fim do foro privilegiado numa votação no final do ano passado. Tudo estava certo, já que oito ministros eram unânimes sobre a extinção do foro especial. Porém, um pedido de vista enfureceu a Corte. O ministro Dias Toffoli decidiu interromper o julgamento para analisar melhor o assunto.
O foro sempre foi algo polêmico que é muito criticado pela sociedade e por aqueles que defendem o combate à corrupção.
O ato de Dias Toffoli revoltou alguns colegas da Corte. Luís Roberto Barroso chegou a ignorar o pedido de vista de Toffoli e mandou alguns inquéritos e processos para a primeira instância, como por exemplo, o caso do deputado Beto Mansur, que é acusado de crime de sonegação de impostos.
O ministro Marco Aurélio também não gostou da atitude de Toffoli e deu um ultimato ao colega. Se Toffoli não colocar novamente em pauta no STF esse assunto, ele afirmou que irá enviar todos os processos para a primeira instância, causando um tipo de desobediência na jurisprudência do Supremo. O prazo dado por ele foi de 30 dias.
Sérgio Moro
Em um evento nos Estados Unidos sobre o combate à corrupção, Dias Toffoli deu um discurso e colocou vários pontos sobre o que a Justiça tem feito para combater os crimes.
Num determinado momento, sem mencionar o juiz federal Sérgio Moro, Toffoli deu uma indireta ao magistrado. Segundo o ministro, não se pode acreditar na ideia de que, tudo que está acontecendo hoje no Brasil, seja em decorrência de um herói. Quem pensa assim está indo contra todas as outras instituições, declarou o ministro.
Moro é considerado um herói para uma grande parte dos brasileiros, devido ter sido o responsável em prender vários poderosos da política, como por exemplo, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Foro privilegiado
Nesta terça (20), em uma entrevista ao blog de Andréia Sadi, Toffoli afirmou que vai liberar para julgamento em breve o assunto do foro especial. Ele falou que nas próxima semanas já vai se decidir e depois vai depender da ministra e presidente da Corte, Cármen Lúcia, acrescentar na pauta do Supremo.
A sociedade brasileira defende a extinção do foro para que todos os que cometeram crimes possam ser julgados de uma forma igual, sem privilégios.
O ato de Toffoli foi muito criticado pela Lava Jato. Acabar com o foro especial seria um passo importante na busca de um combate mais contundente contra a corrupção.
Via: blastingnews
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