quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

PJ faz radiografia a toda a vida financeira de Bruno de Carvalho


Investigação a suspeitas de recebimento de luvas em transferências de jogadores levou à quebra do sigilo bancário ao presidente do Sporting.
As perícias financeiras da Polícia Judiciária para seguir o rasto aos reais valores envolvidos em algumas das transferências de jogadores ou ex-jogadores do Sporting passaram também pela quebra do sigilo bancário a Bruno de Carvalho, apurou o CM. Todas as contas em que é titular ou cotitular estão, assim, por ordem do Ministério Público, a ser passadas à lupa na investigação em que o presidente dos leões foi denunciado por receber luvas em negócios, nomeadamente da compra do passe do jogador japonês Junya Tanaka, em 2014.
Bruno de Carvalho reagiu a estes factos ainda na madrugada de ontem, às 02h00, para se antecipar nas redes sociais à notícia do CM – revelando saber que também as contas de familiares seus estão a ser vistas pela PJ:  "Ficou provado, com o levantamento do sigilo bancário das minhas contas e de familiares meus, que não existe nenhum dinheiro de origens duvidosas mas, tão somente, aquele que deriva do nosso trabalho".
De resto, a PJ nunca esperou encontrar, de forma direta, nas contas que Bruno de Carvalho tem em Portugal, valores de pagamento de luvas. Até porque a denúncia refere o recurso a sociedades offshore sedeadas em Cabo Verde. O objetivo da quebra do sigilo bancário passa por procurar qualquer ligação das contas conhecidas em Portugal a sociedades offshore ou outras, em Cabo Verde e na Guiné. E a PJ quer saber de que forma são pagos os cartões de crédito utilizados por Bruno de Carvalho.
Está a ser feita uma radiografia a toda a vida financeira do empresário desde que chegou ao Sporting. No caso do negócio de Tanaka, foi denunciado que o atleta foi vendido por 500 mil euros mas os leões pagaram 750 mil, gerando luvas de 250 mil  que, segundo diz a denúncia, eram para Bruno de Carvalho.
Fonte: Texto e Imagens |CM


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