segunda-feira, 5 de março de 2018

Estrelas da Academia (good) # Estrelas de Itália (not) # E o PÚBLICO que faz anos

P
Enquanto Dormia
David Dinis, Director
Bom dia! (E tão especial que é este dia) 

Vamos às notícias das últimas horas? 

E os Óscares foram para... A Forma da Água foi o melhor filme, Três Cartazes à Beira da Estrada garantiu os melhores intérpretes. No minuto a minuto, deixámos tudo: dos prémios, aos discursos, passando pelos comentários e os pequenos sinais da cerimónia mais longa dos últimos anos. Mas, claro, não resistimos a mostrar-lhe o monólogo de Kimmel, que passou por Weinstein, Trump e o envelope maldito (que desta vez foi lido duas vezes); assim como a passadeira vermelha, que se encheu de preto e branco; e até a festa depois da festa. No fim de contas, conclui a Joana Amaral Cardoso, a diversidade foi a bandeira - mas nem por isso nas estatuetas
'O jardim' de Isaura leva Cláudia Pascoal à Eurovisão. A música número seis do Festival da Canção foi a mais votada pelos telespectadores e a segunda mais votada pelo júri regional. A vitória não foi uma surpresa, mas a votação foi renhida até ao último ponto. Agora, é só O Jardim fazer mesmo que Amar pelo Dois, não é Liliana Borges? ;)
Os populistas venceram, Itália ficou ingovernável. Ainda não estão contados todos os votos nem houve reacções dos líderes da maioria dos partidos, mas já é certo que as eleições de domingo em Itália deram uma vitória inequívoca ao Movimento 5 Estrelas, o partido anti-partidos nascido em 2009 que ultrapassa os 31% nas duas câmaras do Parlamento. Ainda falta atribuir lugares para se ter a certeza da dimensão, mas esta é já a primeira vitória na Europa de forças que se descrevem como anti-sistema. Em Roma, a Sofia Lorena faz-nos um ponto de situação. E o Rui Tavares deixa um conselho: "O euronervosismo é mau conselheiro".
O SPD deu o “Sim” ao quarto mandato de Merkel. Depois do referendo entre os sociais-democratas, a "grande coligação” deve tomar posse na próxima semana, para alívio da Europa. Mas ainda faltam uns detalhes, como explica a Maria João Guimarães. Dito isto, ainda é preciso ler a Teresa de Sousa: "O centro vai aguentar? Não há melhor alternativa".

Que mais traz o dia

A primeira entrevista do homem que está a refazer a estratégia contra os fogos. Nas suas mãos está a reestruturação do todo o sistema de prevenção e combate no país, numa tentativa para que 2017 não se repita. Já há passos a serem dados para que a redução dos riscos deixe de ser o parente pobre nesta equação e para envolver todos os actores na resposta. Mas Tiago Oliveira deixa um alerta, nesta entrevista ao PÚBLICO e Renascença: “Nada serve se a paisagem não mudar”.
Uma entrevista de Isabel dos Santos polémica. Ao Jornal de Negócios, a empresária acusa o seu sucessor na Sonangol de ser "um mentiroso", diz que vai para os tribunais, diz que há uma campanha montada em Angola contra ela e contra o Governo do seu pai.
Um aviso de Jerónimo e Catarinao PS mostra inércia na frente laboral.
E outro de Marques Mendesé uma "asneira" PSD e CDS não se juntarem nas próximas eleições. 

Público, 28 anos 

O suplemento: Vicente de volta, uma viagem no tempo, o velhinho grafismo'. 28 anos e o Vicente de volta à redacção. Hoje é dia de aniversário do PÚBLICO e não resistimos a olhar para trás. Nesta viagem no tempo que hoje lhe entregamos cabe tudo o que é a nossa memória. Cabem as figuras e os acontecimentos que transformaram o mundo em tão pouco tempo. Cabem as diferenças que separam os anos. Cabe o grafismo da fundação e a recordação de como tudo começou. Cabe o Calvin, que o Luís Afonso trouxe pelo ombro do Bartoon, num daqueles momentos que nos enche de saudade. Tudo isto é memória, mas não é nostalgia. É jornalismo, no seu elemento mais imutável: o de garantir a construção de uma memória colectiva. Para celebrar connosco, é entrar por aqui e deixar-se guiar pelas surpresas.  
A conversa. Qual é o papel do papel? (de jornal, pois claro). Ainda faz sentido a existência de jornais diários em papel? A pergunta foi o ponto de partida, mas as conversas da Alexandra Prado Coelho com jornalistas, editores, alunos de jornalismo, analistas e leitores levaram-nos mais longe, à questão da forma como hoje se faz jornalismo, independentemente do suporte. Alguns preferem o papel, outros não: todos querem um jornalismo de qualidade. O título de capa do P2 é de orgulho nisso: "Não parem as rotativas". E foi sublimemente complementado pela entrevista ao editor-fundador da revista Monocle, a mais bem-sucedida jovem revista do mundo. E diz Andrew Tuck: “A conversa sobre novos e velhos media é mesmo uma seca”.
A nossa festa. As 1001 conversas no Festival P. No Porto, este sábado, o debate com os ex-directores do PÚBLICO foi o último de um dia em que já se falara de cultura, política, activismo, youtubers e das dificuldades inerentes a ocupar a última página. Pelo meio, mais de 600 leitores falaram connosco sobre tudo, mesmo sobre tudo. A Patrícia Carvalho faz aqui a síntese de um dia longo, tão rico que deu centenas de fotografias para a posteridade

A agenda de hoje

Por cá, dois chefes de governo e uma comissária juntam-se para lançar um concurso de 20 quilómetros de via férrea, entre Évora e Elvas. Marcelo não vai estar longe: passa a manhã numa visita à base aérea de Beja. Mas termina o dia na entrega do Prémio Pessoa 2017 ao arquitecto Manuel Aires Mateus.
Lá por fora, todos os olhos estarão postos em Itália, na contagem final dos votos e nas perspectivas de (in)governabilidade. E na visita de Netanyahu a Washington procurar um "porto de abrigo" entre os escândalos. Na Ásia também há motivos de expectativa, com a sessão anual do Congresso da China, que perpetuará o mandato de Xi Jinping, e com uma visita de oficiais da Coreia do Sul à vizinha do Norte.
Despeço-me por aqui, como sempre com um sorriso. Mas um sorriso certo, não é Andrea?

Um dia bom! Até já! 

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