A Semana da Proteção
Civil que a Câmara Municipal de Cantanhede organizou para assinalar
o Dia Internacional da Proteção Civil (1 de março) encerrou no dia
3 de março com a realização de um workshop
sobre “Competências e Atribuições das Autarquias Locais em
Matéria de Proteção Civil”. Perante uma assistência constituída
por presidentes de junta e outros autarcas, abriu a sessão a
presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que esteve
acompanhada pelo vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, e pelo
vereador Adérito Machado, este na qualidade de presidente da
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Na mesa
estiveram ainda o Comandante Operacional Municipal, Hugo Oliveira,
que fez o enquadramento do painel de debate com uma apresentação
sobre o tema do workshop,
bem como o segundo-comandante da
corporação, Nuno Carvalho, Emanuel Oliveira, que falou sobre a
experiência da Unidade Local de Proteção Civil da Freguesia de
Covas, do Concelho de Vila Nova de Cerveira.
Na intervenção de abertura, a presidente
da Câmara Municipal começou por
destacar o facto de a autarquia promover, todos os anos, “a
Semana da Proteção Civil, que é o corolário das ações de
sensibilização e informação desenvolvidas pelo Serviço
Municipal de Proteção Civil, no âmbito de uma parceria com os
Bombeiros Voluntários, a GNR e a equipa de sapadores florestais da
Freguesia da Tocha”.
Segundo Helena Teodósio, “a
prevenção também se faz por esta via, pela preparação das novas
gerações sobre como devem proceder para acionar os meios de
proteção e socorro adequados e sobre qual deve ser o seu papel nas
situações que de algum modo podem afetar a segurança de pessoas e
bens”.
Referindo-se ao tema do workshop,
a autarca reconheceu “a necessidade
de se avançar rapidamente com o reforço das medidas preventivas
para evitar que a situação de calamidade vivida em 2017 se volte a
repetir”, mas considerou que,
face Decreto-Lei
n.º 10/2018, de 14 de fevereiro,
“não há como não constatar
que
falta tempo, faltam recursos e faltam empresas vocacionadas para tudo
o que há a fazer, pois já se viu que estas são em número
insuficiente para dar resposta cabal às operações de limpeza que é
necessário realizar de norte a sul do País, em todo o território
nacional”.
A
líder do executivo camarário cantanhedense garante que “o
Município de Cantanhede vai fazer tudo o que está ao seu alcance
para que a lei seja cumprida, mas sempre em colaboração com os
proprietários, nunca contra eles. Estamos
a investir o melhor do nosso esforço na consciencialização das
pessoas e vamos procurar resolver as situações sem
constrangimentos, recorrendo aos mecanismos que a lei prevê só e
apenas em situações extremas, situações que estejam para além
daquilo que é razoável, quando manifestamente não houver outra
solução”, sublinhou.
No
âmbito do painel sobre “Competências
e Atribuições das Autarquias Locais em Matéria de Proteção
Civil”, o Comandante Operacional Municipal, Hugo Oliveira, relevou
“a
importância e
atualidade do tema, considerando que às Freguesias, pela sua
implantação na quadrícula do território e maior proximidade aos
cidadãos, cabe um papel decisivo no envolvimento e participação,
ativa e empenhada, das suas comunidades nas questões da proteção
civil. Atendendo ao conhecimento profundo da realidade geográfica e
social e das estruturas existentes a nível local, elas são na
verdade uma importante mais-valia para a concretização das ações
de proteção civil, bem como na minimização ou mitigação dos
efeitos das ocorrências”,
afirmou aquele responsável.
A
sessão prosseguiu depois com uma apresentação
da “Unidade Local de Proteção Civil” da Freguesia de Covas, no
concelho de Vila Nova de Cerveira, na
qual Emanuel Oliveira, especialista internacional, formador e
consultor de reconhecido mérito em incêndios florestais, abordou
vantagens e algumas dificuldades na implementação daquele tipo de
estrutura de base comunitária.
A
terminar os participantes assistiram ainda a uma demonstração do
novo kit
de
primeira intervenção destinado a apoiar o combate e rescaldo de
incêndios florestais, de modo a garantir uma rápida às
ocorrências. Adquirido pela Junta de Freguesia de Murtede, o
referido kit
tem capacidade para 1000 litros de água e foi idealizado e montado
pela Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Cantanhede,
estando aberta a possibilidade de instalação em outras Juntas de
Freguesia do concelho, dependo das suas necessidades. A este
propósito, Helena Teodósio felicitou o presidente da Junta
de Freguesia de Murtede, Carlos Fernandes, “pelo
investimento que optou por fazer neste dispositivo de prevenção. O
nosso desejo é que não seja necessário testá-lo nunca, mas ainda
assim creio que é uma experiência que pode e deve ser replicada
noutras freguesias”, concluiu.
Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro
Todas
as formas de divulgação
possíveis são bem-vindas!
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