No dia do falecimento de Afonso Dhlakama o Presidente Filipe Nyusi afirmou que estava “muito deprimido porque eu devia ter conseguido transferir a ele, não me deram tempo, até para dizer que ele já estava há uma semana mal só me disseram há um dia”. Questionado por que motivo o partido Renamo não avisou mais cedo sobre o estado de saúde do seu líder o deputado José Manteigas, disse que: “Afonso Dhlakama se ficou até a sua morte nas matas da Gorongosa é porque o Presidente da República mostrou-se relutante na retirada das Forças de Defesa e Segurança” da serra da Gorongosa.
Na primeira reacção à morte de Dhlakama o Chefe de Estado Moçambique disse estar a viver: “um momento muito mau, principalmente para mim. Estávamos a resolver os problemas deste país. E o momento torna-se muito mau sobretudo porque eu desde ontem (quarta-feira 02) estive a fazer um esforço para ver se eu transferia o meu irmão para fora do país, não consegui e o peso para mim é maior do que para qualquer pessoa”.
“Estou muito deprimido porque eu devia ter conseguido transferir a ele, não me deram tempo, até para dizer que ele já estava há uma semana mal só me disseram há um dia”, afirmou o Presidente Nyusi num telefonema que fez para a Televisão de Moçambique na noite do passado dia 3 de Maio.
A 5 de Maio, entrevista também a televisão pública, na cidade da Beira, José Manteigas, o porta-voz do falecido presidente do partido Renamo, declarou que: “(...)esse pronunciamento do Presidente da República, com todo respeito, é um pronunciamento um tanto a quanto inadequado neste momento porque o Senhor presidente Afonso Dhlakama se ficou até a sua morte nas matas da Gorongosa é porque o Presidente da República mostrou-se relutante na retirada das Forças de Defesa e Segurança que neste momento continuam a cercar a serra da Gorongosa”.
“Portanto, devido as circunstâncias, por ele estar cercado, é razão pela qual o presidente Dhlkama acabou perecendo nas matas. Não vejo que o Senhor Presidente da República diga que foi informado tarde, mas ele teve oportunidade de se encontrar várias vezes com o Senhor presidente (Dhlkama), há assuntos das negociações que já deviam ter tido o seu desfecho”, acrescentou o Manteigas que revelou ainda que “O partido sempre assistiu o seu presidente, sempre teve assistência médica e medicamentosa como qualquer militar, como qualquer quadro do partido”.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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