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Depois de seis anos, a coordenação nacional dos transplantes de órgãos passa a ser assegurada pelo presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação. Ana França será substituída por João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa
Depois de seis anos a ser assegurada pela médica Ana França, a coordenação nacional de transplantação passa a ser acumulada pelo presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa. Em entrevista ao Expresso, Ana França diz que sai de consciência tranquila, mas reconhece fragilidades na estrutura e, sobretudo, defende um maior reconhecimento da importância da área da doação.
O instituto tem por missão regular e garantir a dádiva, colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de sangue humano, de componentes sanguíneos, de órgãos, tecidos e células de origem humana e a área da transplantação. Cabem ao IPST a gestão nacional do Registo Português de Dadores de Medula Óssea, o processamento, armazenamento e distribuição de tecidos e células do cordão umbilical de origem humana e as atividades relacionadas com a colheita de órgãos e tecidos, tanto no sector público, como privado, e ainda, as responsabilidades inerentes à escolha do par dador-recetor.
Em 2018, morreram em Portugal 76 pessoas à espera de serem transplantadas. No ano passado houve menos seis dadores falecidos do que em 2017 e, dos 976 órgãos colhidos, 757 foram transplantados, o que representa uma perda de 219 órgãos. Ana França, 67 anos, foi até à última sexta-feira, coordenadora nacional de transplantação, tendo cessado funções no passado domingo. Em entrevista ao Expresso, faz um balanço do que fez e, sobretudo, do que falta fazer.
João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa tem 65 anos e é licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra. Desde 1 de dezembro de 2016, é presidente do conselho diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação. Especializado na área dos Cuidados Intensivos, tem especial atenção às questões da doação de órgãos. Participou da Comissão Técnica para a Operacionalização de Colheita de Órgãos em Dador em Paragem Cardiocirculatória e foi mesmo coautor das respetivas normas.
Desde 2004 é codiretor e preletor nos Cursos “Princípios de Medicina de Catástrofe”, promovidos pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, e de vários grupos de trabalho nas áreas de Medicina Intensiva e de Emergência. É ainda coautor das “Recomendações -Transporte de Doentes Críticos” e das "Normas de Boa Prática em Trauma", tendo integrado a comissão de acompanhamento do programa de órgãos em paragem cardiocirculatória e o grupo de trabalho da "Via Verde do Trauma", da Direção-Geral da Saúde até 2016.
Fonte: Expresso
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