Marquês de Pombal e Guilherme Stephens na Marinha Grande no dia 19 de outubro
A Marinha Grande vai recuar 250 anos e receber o industrial inglês Guilherme Stephens, numa recriação histórica dirigida e encenada por Norberto Barroca, que envolve mais de 150 pessoas, a ter lugar no dia 19 de outubro (sábado), pelas 22h00, no Jardim Stephens, no âmbito das comemorações da efeméride, organizadas pela Câmara Municipal e que vão incluir outras atividades em que se pretende evocar a marca indelével desta personalidade, que definiu o futuro deste território tornando-o um concelho industrial e empreendedor até à atualidade.
O programa tem-se desenvolvido com várias iniciativas que têm decorrido ao longo desta ano, mas que tem o seu ponto alto no dia 19 de outubro, com demonstrações de fabrico de vidro ao vivo, a edição de um postal CTT com circulação nacional alusivo a Guilherme Stephens, a apresentação do livro “A Luz dos Tempos - Notas biográficas” sobre as personalidades do concelho dos últimos 250 anos e a recriação histórica da reativação da Real Fábrica de Vidros.
A presidente da Câmara, Cidália Ferreira, recorda que “faz este mês de outubro 250 anos que Guilherme Stephens, a convite do Marquês de Pombal e do Rei D. José I, reativou a Real Fábrica de Vidros e mudou para sempre a nossa Marinha Grande. Guilherme Stephens era um industrial brilhante e muito à frente do seu tempo. Para Stephens, o equilíbrio entre o trabalho e vida social era muito importante e é também isso que pretendemos celebrar com toda a programação que temos realizado ao longo de 2019”.
A autarca acrescenta que “durante o trabalho, Stephens exigia muito dos seus trabalhadores, no entanto, não só os remunerava acima da média, como insistia que os trabalhadores respeitassem o seu horário, não trabalhando mais do que aquilo que estavam a ser pagos. Guilherme Stephens criou proteção social para os seus trabalhadores, uma espécie de fundo de reforma, acesso facilitado a médicos para os trabalhadores e suas famílias e ainda fez questão de tornar os seus trabalhadores culturalmente aptos com a criação de um Teatro dentro da fábrica, que hoje em dia é o Teatro Stephens, onde frequentemente os trabalhadores ensaiavam algumas das peças de teatro mais famosas da época”.
Cidália Ferreira convida a população para vir assistir, no dia 19 de outubro, “à recriação histórica da reativação da fábrica, liderada por este inglês que passou a ser Marinhense e que ajudou a moldar aquilo que somos enquanto comunidade, enquanto cidade e enquanto seres humanos”.
250 ANOS DA CHEGADA DE GUILHERME STEPHENS
PROGRAMA
19 de OUTUBRO (sábado)
Todas as atividades são de participação gratuita
15h00 (até às 00h00) . Estúdio Poeiras Glass - Edifício da Resinagem
Vidro Soprado - Trabalho ao vivo
17h00 . Auditório da Resinagem
Apresentação do Postal Inteiro dos CTT alusivo aos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande
18h00 . Auditório da Resinagem
Apresentação do livro “A Luz dos Tempos - Notas Biográficas”, de Gabriel Roldão e Luís Abreu e Sousa, da editora Hora de Ler
Sinopse |
O livro resulta de um trabalho de investigação de vários anos por parte dos seus autores e apresenta a biografia de várias personalidades do concelho.
"O objetivo desta obra é para falar de muitos «Guilhermes Stephens» que povoam a Marinha Grande e que, de um modo ou de outro, fizeram com que esta «Marinha» seja «Grande» como hoje é. É destas personagens, que jamais deixaremos esquecer, que vamos tratar. Umas serão menos conhecidas que outras, pela sua atividade com inferior visibilidade, mas mesmo assim, terão contribuído, não só com a sua condição de cidadãos mas, conferindo sempre mais qualquer coisa que os outros. É por isso que vão ser citados para se eternizarem".
22h00 . Jardim Stephens
Grande Recriação Histórica "Os STEPHENS na MARINHA GRANDE" - Abertura da Real Fábrica de Vidros (1769), com direção de Norberto Barroca
Fogo de artifício
Concerto de cordas pelos Solistas da Orquestra de Câmara de Sintra
Sinopse |
Abertura da Real Fábrica de Vidros - 16 de Outubro de 1769
Recriação histórica ficcional - Direção de Norberto Barroca
Coordenação de Guarda-Roupa e Tratamento Visual de Mário Garcia
Recriação histórica ficcional, que pretende retratar a chegada de alguns convidados de honra à Marinha Grande, para assinalar a abertura e o início da fabricação da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, em 16 de outubro de 1769. Pretende-se ainda reconhecer o papel que Guilherme Stephens e a sua família tiveram para o desenvolvimento da Marinha Grande e instrução dos seus operários, e recriar o ambiente cultural e social fervilhante que se vivia no Palácio dos Stephens, junto à fábrica.
O espetáculo contará com a participação de cerca de 150 pessoas, entre atores, figurantes, músicos e equipa técnica, terminando com um espetáculo de fogo-de-artifício e um concerto de cordas, que será interpretado pelos Solistas da Orquestra de Câmara de Sintra.
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