A contracção Produto Interno Bruto (PIB) no 3º trimestre foi influenciada negativamente pelas contribuições dos sectores da Indústria Extractiva e Pescas. O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas aponta os ciclones Idai e Kenneth como as causas da “fraca produção da lagosta, caranguejo, cefalópodes, camarão e peixe provenientes da pesca artesanal” que colocam a produção do sector muito longe dos 6 por cento previstos pelo Governo.
As pescas estão a influenciar a contracção do crescimento económico em Moçambique pelo terceiro trimestre consecutivo de 2019, o Governo projectou que o sector iria crescer 6 por cento este ano graças a Pesca Artesanal de 388 mil toneladas, da Pesca Comercial de 27 mil toneladas e que a Aquacultura produziria 5 mil toneladas.
As Contas Nacionais compiladas pelo Instituto Nacional de Estatística reveleram que no 1º trimestre as pescas representaram 3,8 por cento, no 2º trimestre reduziram para 2,1 por cento e no 3º trimestre afundaram em 2,2 por cento negativos.
Questionado pelo @Verdade o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas indicou que entre Janeiro e Setembro “a produção atingiu uma cifra de 305.051 toneladas, sendo 24.874 toneladas provenientes da pesca industrial e semi-industrial, 277.605 toneladas da pesca artesanal e 2.572 toneladas da aquacultura. Esta produção representa um cumprimento do plano em 72 por cento e um crescimento na ordem de 4 por cento comparativamente à cifra registada em igual período de 2018”.
“Este nível de crescimento foi em grande medida influenciado pela fraca produção da lagosta, caranguejo, cefalópodes, camarão e peixe provenientes da pesca artesanal, no III trimestre do ano em curso. De uma maneira geral, a ocorrência das chuvas e inundações nas províncias, Zambézia e Tete, assim como, a passagem do ciclone IDAI e Kenneth nas províncias de Sofala, Manica, Inhambane, Cabo Delgado e Nampula poderá ter influenciado no desempenho do Sector, na medida em que foram destruídos alguns meios de produção da pesca e aquacultura”, argumentou ainda a tutela do sector.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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