COIMBRA | Caso de doença Meningocócica em aluno da Universidade de Coimbra

O Delegado de Saúde Regional do Centro informa que ontem, dia 04/03/2020, a Unidade de Saúde Pública do Baixo Mondego notificou um caso de meningite meningocócica observada num aluno da Universidade de Coimbra que, à data, se encontra internado em estado de saúde estável com sinais de melhorias.

Esta Unidade de Saúde Pública, em colaboração com os responsáveis do respetivo departamento universitário, iniciou, de imediato, a investigação epidemiológica e, na observância dos procedimentos preconizados, fez a identificação dos contactantes e a administração da medicação profilática.

A infeção meningocócica é provocada pela bactéria Neisseria meningitidis ou meningococo. Esta infeção pode apresentar a forma de meningite, bem conhecida da população por apresentar sinais meníngeos, como rigidez da nuca (pescoço), ou a forma de infeção do sangue, sem sinais meníngeos. Transmite-se de pessoa a pessoa e o reservatório é o próprio ser humano.

Cerca de 25 % da população é portadora desta bactéria, nas fossas nasais, pelo que a doença não se pode erradicar. Para esta infeção está preconizada a quimioprofilaxia de pessoas contactantes próximas do doente quer seja no local de trabalho, família ou comunidade. A definição de contacto próximo deriva do modo de transmissão, por gotículas de saliva ou fluídos nasais que não se transmitem a mais de 2 m.

O modo indireto de transmissão, a partir de superfícies contaminadas ou de objetos que se levam à boca, é considerado insignificante.

Apesar de importância menor, as medidas profiláticas incidindo no ambiente passam por desinfeção vulgar de objetos e superfícies e renovação de ar.

Perante circunstâncias específicas locais a Autoridade de Saúde pode determinar medidas adicionais. Um dia após o início do tratamento, os doentes deixam de ser infetantes e os contactantes alvo da quimioprofilaxia, temporariamente, deixam de ser portadores da bactéria pelo que, para estes, não há qualquer limitação às suas atividades normais.

Neste contexto, os delegados de saúde locais estão a acompanhar a situação em permanência, em articulação com a Delegada de Saúde Coordenadora, com o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro e com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

NDC