Pista foi o nome escolhido para marcar a diferença no Município de Estarreja, na prevenção da pobreza infantil. “Para que nunca mais se esqueçam dele”, referiu Inês Rodrigues, da equipa técnica do Projeto de Intervenção Social das Terras do Antuã, que ontem foi apresentado numa sessão pública, nos Paços do Concelho, com a presença dos vários parceiros.
Fruto da 4.ª geração do programa “Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS 4G)”, o PISTA - Projeto de Intervenção Social das Terras do Antuã irá dinamizar ações integradas no Eixo 2: intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil. O CLDS 4G - PISTA teve início em setembro de 2019, com candidatura aprovada em janeiro de 2020, contemplando um orçamento total de 340 709,69 € e duração de 36 meses.
Qualificar as famílias, Mediar os conflitos familiares e Mobilizar crianças e jovens são os três campos de ação do PISTA, através de diferentes medidas, desde a promoção de diretos de cidadania, desenvolvimento de competências e aconselhamento em situações de crise, intervenção familiar de tipo grupal e através da mediação; ou a promoção de um estilo de vida saudável e da inteligência emocional.
O Município de Estarreja foi convidado a promover esta tipologia de operação, tendo escolhido o Centro Paroquial de Assistência da Freguesia de Pardilhó como Entidade Coordenadora Local da Parceria (ECLP) e Entidade Local Executora das Ações (ELEA). O “repto foi prontamente aceite” pela instituição selecionada pela autarquia “atendendo ao território e à realidade de Pardilhó, onde existem carências sociais relevantes”, explicou Diamantino Sabina, Presidente da Câmara Municipal de Estarreja.
Contudo, a área de intervenção do PISTA é o todo o território municipal, sendo “absolutamente necessária” a cooperação das entidades parceiras, permitindo “identificar e intervir da forma mais capaz possível”. Este será um “projeto fundamental para o nosso concelho, em particular para a proteção infantil”, concluiu o autarca.
Filipe Coelho, Presidente da Direção do Centro Paroquial de Assistência à Freguesia de Pardilhó, afirmou que “mais uma vez dissemos sim à intervenção social e comunitária, neste caso ao combate à pobreza infantil. Este projeto não terá sucesso se nos limitarmos aos dois técnicos que lhe estão afetos e à instituição Centro Paroquial. Terá resultados positivos que levará ao sucesso se todos os parceiros estiverem na mesma maré e no mesmo barco a remar no mesmo sentido.”
Na mesma linha, Fernando Mendonça, Diretor do Centro da Segurança Social de Aveiro, sublinhou que esta é uma “parceria notável, e o caminho que temos que seguir, entre o Estado central, a administração local, as instituições e a sociedade civil. É o caminho certo para travarmos este combate, que é um combate inacabado, mas tem que ser travado todos os dias por cada um de nós.”
“Há aqui uma oportunidade muito interessante de sermos mais um mecanismo de coesão social e promovermos um efetivo combate à pobreza, nomeadamente a prevenção da pobreza infantil”, afirmou o estarrejense que assistiu na sua terra à primeira apresentação CLDS do distrito, onde 15 municípios foram contemplados com este programa nacional num investimento global de 7,5 milhões de euros, conforme adiantou.
Os Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS 4G), promovidos pelo Instituto da Segurança Social, I.P., na qualidade de Organismo Intermédio e financiado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), têm como objetivo promover a inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social num determinado território, mobilizando para o efeito diferentes agentes e recursos localmente disponíveis, constituindo‐se como um instrumento de combate à exclusão social.
Carla Miranda
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