A Directora Nacional de Saúde Pública anunciou este domingo (10) o diagnóstico de quatro novos casos positivos do novo coronavírus que elevam para 91 os infectados no nosso país. A Dra. Rosa Marlene revelou ainda que o indivíduo moçambicano diagnosticado com covid-19 no passado dia 1 de Maio e cuja fonte de infecção ainda não foi determinada é trabalhador do Porto de Maputo. Apesar da declaração do Estado de Emergência os principais portos de Moçambique não foram encerrados e continuam a receber tráfego internacional de embarcações.
Entre sábado (09) e domingo(10) o Instituto Nacional de Saúde testou mais 174 casos suspeitos da covid-19, 78 da Província de Cabo Delgado, dos quais 22 do acampamento da Total em Afungi, 76 da Província de Maputo e 20 da Cidade de Maputo. “170 revelaram-se negativas para a infecção de covid-19 e quatro foram positivos para infecção da covid-19”.
“Temos três indivíduos de nacionalidade moçambicana, do sexo masculino, de idade de 32 anos, 34 e 43 anos de idade, e um indivíduo de nacionalidade sul-africana, do sexo masculino de 41 anos de idade, todos são trabalhadores do acampamento de Afungi, no Ditristo de Palma, na Província de Cabo Delgado”, detalhou a Directora Nacional de Saúde Pública que indicou que os quatro novos infectados “não apresentam sintomatologia, assim sendo cumprimos com o protocolo do Ministério da Saúde de isolamento domiciliar”.
A Dra. Rosa Marlene disse na conferencia de imprensa deste domingo (10) que “todos imigrantes moçambicanos que regressaram da África do Sul e estavam no Centro de Trânsito de Magwaza foram testados e todos resultados foram negativos para a infecção da covid-19”, contudo divulgou que um novo grupo de imigrantes ilegais no país vizinho está a caminho da Província de Maputo.
“Estamos a espera de 439 (ilegais da RSA) que vem, 39 chegaram e já estão em Ressano Garcia no Centro de Trânsito de Magwaza, os 400 recebemos informação que foram testados na África do Sul com resultados negativos, todos, e não vão para o Centro de Trânsito”, afirmou a autoridade de Saúde Pública que ajuntou que este novo grupo sairá “da fronteira directamente para a suas de origem, obviamente com registo e seguimento através das Direcções Provinciais das zonas”.
Entretanto a Directora Nacional de Saúde Pública revelou que o moçambicano com idade entre os 24 e 34 anos de idade, diagnosticado na Cidade de Maputo no passado dia 1 de Maio e cuja fonte de infecção não foi determinada é trabalhador do Porto de Maputo.
“Em relação ao caso do Porto (de Maputo), continua a investigação, neste momento foram recolhidas mais do que 100 amostras e esperam-se os resultados, o caso tem sintomatologia ligeira, mas ainda não se chegou a conclusão de que cadeia de transmissão faz parte. Aparentemente não está ligado a Afungi, provavelmente poderá ter sido contacto lá no Porto (de Maputo), continuamos a investigar e todos os colegas que na empresa, que é prestadora de serviços ao Porto, a quem se fez o rastreio”, declarou a Dra. Rosa Marlene.
Não sendo um dos 82 casos de transmissão local, não tendo viajado para o exterior recentemente e sem nenhum relacionamento com a Província de Cabo Delgado ou com algum indivíduo que trabalhe na petrolífera Total o @Verdade entende que este trabalhador do Porto de Maputo pode ter contraído a infecção em contacto com os muitos estrangeiros que continuam a entrar no país através desta fronteira portuária.
É que embora na Declaração do Estado de Emergência o Presidente Filipe Nyusi tenha anunciado a limitação “da entrada de pessoas nas fronteiras terrestres, aeroportos e portos, exceptuando-se para razões de interesse do Estado, transporte de bens e mercadorias por operadores devidamente credenciados e situações relacionadas com a saúde”, o Governo deixou abertos os portos de Maputo, Beira, Quelimane e Nacala, os aeroportos de Maputo, Beira, Chimoio, Chingodzi, Quelimane, Nampula, Lichinga, Pemba e os aeródromos de Inhambane e Vilanculos.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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