Tímida e despenteada, tem 14 anos e mal se lembra da infância. Está grávida de seis meses e conta os que faltam para o parto, enquanto ensaia a habilidade de costurar vestidos de trapos para bonecas, para os adaptar no enxoval.
"Ele [o ex-marido] me conquistou na rua e depois fiquei grávida. Assumiu a gravidez, mas quando foi a vez de assumir o casamento perante os meus pais, mudou o posicionamento e não honrou", diz à Lusa a menor que, devido à violência, deixou a relação após sete meses.
Ela é uma de dezenas de crianças grávidas do bairro Agostinho Neto, um bairro pobre nos subúrbios de Chimoio, capital provincial de Manica, centro de Moçambique, uma vida que contrasta com os valores celebrados no Dia da Criança, que está à porta.
Lusa
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