sexta-feira, 29 de maio de 2020

Doentes oncológicos do hospital da Figueira da Foz tratados em Coimbra por segurança

Doentes oncológicos do hospital da Figueira da Foz tratados em ...
Três dezenas de doentes oncológicos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) estão a receber tratamento no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, uma medida destinada a protegê-los face ao novo coronavírus, anunciou a instituição.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração do HDFF, Manuel Teixeira Veríssimo, justificou a decisão de alterar os procedimentos do Hospital de Dia de Oncologia pela “proximidade física” desta unidade “com a área criada para o internamento de doentes Covid e no sentido de proteger os doentes oncológicos”.
Assim, estes 30 utentes são acompanhados a Coimbra e tratados diariamente por duas enfermeiras do Hospital de Dia da Figueira da Foz, com a colaboração de um enfermeiro do IPO, adianta uma informação da unidade hospitalar.
Na Figueira da Foz mantêm-se dois pacientes em tratamentos de quimioterapia e outros doentes oncológicos, cujo número não foi revelado, sujeitos a outra terapêutica.
“Por outro lado, o espaço do Hospital de Dia, em caso de cenário mais grave da pandemia, estava também previsto ser uma área de internamento”, adiantou o administrador.
Manuel Veríssimo notou, por outro lado, que o HDFF “preparou-se para uma resposta à pandemia em grande escala, o que não foi necessário”, afiançou.
“Esperando o melhor, preparamo-nos para o pior cenário, o que felizmente não aconteceu. A nossa resposta foi completa em tudo o que nos foi solicitado”, enfatizou o dirigente hospitalar.
A administração do HDFF revelou hoje, em nota de imprensa, que a situação do Hospital de Dia de Oncologia “está a ser objeto de reavaliação” e, conforme e evolução da situação epidemiológica, espera “brevemente retomar ao seu funcionamento normal, deixando os doentes de ir ao IPO de Coimbra”.
Num balanço sobre a situação de covid-19 na unidade hospitalar ao longo de cerca de dois meses e meio, entre 13 de março e segunda-feira, o HDFF refere que a urgência dedicada ao novo coronavírus realizou 924 atendimentos, tendo sido registados 17 infetados, dos quais 16 estão recuperados, não existindo qualquer doente internado.
O HDFF, que realizou até à data 1.550 testes, teve quatro profissionais de saúde infetados, todos médicos, mantém um doente a ser tratado no domicílio e não registou qualquer morte associada à covid-19.
Neste período, foram contratados 28 novos profissionais e, entre 16 de março e 30 de abril, realizadas 94 cirurgias e quase 6.600 consultas, grande parte “via modo não presencial”.
Na nota, o HDFF afirma prever realizar até finais de julho “todas as consultas e cirurgias que foram canceladas devido à pandemia”, embora não indicando quantos destes procedimentos foram suspensos, e que irá retomar em pleno, a 01 de junho, a capacidade das salas operatórias.
“No entanto, esta retoma obedece as novas regras de segurança pelo que a ocupação das salas teve de ser ajustada”, avisa a unidade de saúde.
Lusa

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