O candidato presidencial André Ventura intitulou-se hoje como "o único candidato de direita" às eleições de 2021 e afirmou estar convencido de que irá disputar uma segunda volta com Marcelo Rebelo de Sousa.
Em declarações à Lusa em Amares, no distrito de Braga, à margem de um jantar-comício que reuniu algumas centenas de pessoas, o também presidente do Chega admitiu que Marcelo "vai com vantagem" mas manifestou-se "muito entusiasmado" com o "crescente" apoio à sua candidatura.
"Estou convencido de que vamos ter uma segunda volta disputada entre mim e o professor Marcelo Rebelo de Sousa", referiu André Ventura.
O candidato deixou críticas ao atual Presidente da República, acusando-o de ser "passivo" com o Governo socialista de António Costa.
"Nós vamos fazer precisamente o contrário, queremos um Presidente interventivo, que seja capaz de defender a direita e não que finja que é de direita para continuar a defender os interesses do Partido Socialista", apontou.
Para o líder do Chega, os portugueses "estão a entender cada vez mais que só há um candidato de direita" nas próximas Presidenciais, em 2021.
"Sou eu", sublinhou.
Aludindo a Adolfo Mesquita Nunes ou a Miguel Albuquerque, classificou-os como "pseudo-candidatos" e disse que nenhum deles afeta o seu eleitorado.
Por isso, reiterou a sua convicção de que disputará uma segunda volta com Marcelo.
"Estou muito entusiasmado, sei que o professor Marcelo Rebelo de Sousa vai com vantagem mas, às vezes, isto não é como começa, é como acaba", afirmou.
Para Ventura, as presidenciais assumem-se como uma "luta de regimes".
"Neste momento, temos duas perspetivas de regime: a de Marcelo, que simboliza este regime, e a minha, que simboliza um regime diferente. É a primeira vez que acontece em democracia, alguém dizer que quer outro regime. Nós dizemo-lo, não temos medo, as sondagens dizem que há um número crescente a apoiar esta ideia e não vamos desistir dela", vincou.
A partir de agora, André Ventura participará, semanalmente, em jantares-comício para promover a sua candidatura presidencial.
"O número de pessoas que temos nos comícios mostra-nos que há uma realidade crescente de apoio em todo o país. Hoje temos aqui várias centenas e tivemos de deixar de fora outras centenas por causa das regras de confinamento. Em Santarém, no próximo sábado, temos outro comício completamente cheio", rematou.
Lusa
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