terça-feira, 30 de junho de 2020

Quarenta e quatro bombeiros infetados e 265 de quarentena

Quarenta e quatro bombeiros estão atualmente infetados com covid-19 e 265 de quarentena, revelou hoje à Lusa a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, garantindo que está prevista a capacidade de resposta para o combate aos fogos.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) refere que até ao momento foram infetados com covid-19 191 bombeiros, tendo 147 já recuperaram e atualmente estão positivos 44 elementos.
A Proteção Civil adianta que há ainda 265 bombeiros afastados de serviço para isolamento profilático ou outras razões.
A ANEPC saliente-se que, desde o início da pandemia de covid-19, 3.081 bombeiros regressaram já ao serviço após isolamento profilático ou outras razões, o que significa que os corpos de bombeiros têm revelado, até esta data, "a necessária preparação para manter a sua capacidade operacional", apesar do risco de afetação ser real.
No caso dos bombeiros de Queluz, segundo a ANEPC, a corporação acionou o plano de contingência, registando-se 10 elementos infetados com covid-19, que se encontram em isolamento e com orientações para contactarem as autoridades de saúde.
A Proteção civil ressalva que a corporação de Queluz tem 120 bombeiros e que "não está comprometida a operacionalidade".
Anteriormente, o comandante dos bombeiros de Queluz tinha apontado a existência de 13 elementos infetados.
Na resposta enviada a Lusa, a ANEPC avança que desenvolveu o Plano Nacional para o novo coronavírus, designado PONCoV, que abrange todas as operações de proteção e socorro e visa essencialmente planear uma resposta dos diversos agentes de proteção civil e "em particular dos corpos de bombeiros".
Ressalvado que o risco zero não existe e que é impossível garantir a 100% que os bombeiros não são infetados com covid-19, a ANEPC refere que o objetivo é prevenir essas situações, mas, caso aconteçam, procurou "garantir a continuidade da capacidade da resposta operacional que, ao abrigo do principio da subsidiariedade, operacionaliza-se pela criação de redundâncias de resposta operacional".
Para garantir esta operacionalidade, a Proteção Civil refere que está prevista a constituição de grupos de reforço de diversas tipologias de ocorrências, em que se incluem os grupos de incêndios rurais, para que, "numa situação de défice de resposta de um determinado distrito, possam ser rapidamente mobilizados bombeiros de outras áreas geográficas para responder às operações de proteção e socorro".
A ANEPC dá também conta que "de forma permanente é efetuada a monitorização do estado de saúde dos bombeiros para que, em antecipação, possam ser acionados os grupos de reforço".
ANEPC refere ainda que conta com os meios dos vários agentes de proteção civil na resposta às situações de emergências, realizando-se 'briefings' técnicos que permitem "aferir as capacidades de resposta" de todos os envolvidos, em particular dos bombeiros voluntários.
Lusa

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