As liturgias de Natal e de Ano Novo do Papa Francisco vão ser celebradas sem a presença de fiéis devido à pandemia Covid-19, tal como aconteceu na Páscoa, segundo a Agência Católica de Notícias (CNA).
De acordo com uma carta enviada pela Secretaria de Estado às embaixadas acreditadas junto do Vaticano, a que a CNA teve acesso, o Papa Francisco celebrará as missas da época do Natal "de forma privada, sem a presença de membros do corpo diplomático".
Os diplomatas junto do Vaticano geralmente participam nas missas papais como convidados especiais.
A carta, enviada a 22 de outubro, afirma que as liturgias serão transmitidas 'online'.
Na Páscoa, devido às medidas pandémicas a missa de Papa Francisco também foi realizada sem público. Pela primeira vez, não houve a tradicional benção 'urbi et orbi' do Papa da varanda da Basílica de S. Pedro e na sua missa Francisco dirigiu-se sozinho aos fiéis.
Durante o Advento e a Páscoa, a programação do Papa de liturgias públicas e missas costuma estar particularmente cheia, com milhares de participantes.
Nos últimos anos, o Papa tem celebrado uma missa a 12 de dezembro para a festa de Nossa Senhora de Guadalupe e uma cerimónia e oração a 8 de dezembro na praça de Espanha de Roma para a festa da Imaculada Conceição.
De acordo com a programação de eventos papais públicos para 2020 publicada no site do Vaticano, em vez de uma missa a 8 de dezembro, o Papa conduzirá o 'Angelus' na Praça de São Pedro para marcar o dia.
Durante a época do Natal, o Papa costuma celebrar a Missa do Galo na Basílica de São Pedro na noite de 24 de dezembro, e no dia de Natal concede a bênção 'Urbi et Orbi'.
Nos últimos anos, também rezou no dia 31 de dezembro, e celebrou missa no dia 1º de janeiro para a solenidade de Maria Mãe de Deus, ambas na Basílica de São Pedro.
Esses eventos não estão agendados na agenda pública do Papa Francisco para 2020, exceto a bênção do dia de Natal 'Urbi et Orbi'.
O Papa ainda deve fazer todos os seus discursos típicos do 'Angelus' e realizar a audiência geral todas as quartas-feiras, exceto no Natal.
A Itália tem registado um aumento de casos, bem como um aumento de hospitalizações e mortes, nas últimas semanas, levando o Governo a emitir novas medidas de contenção, incluindo o encerramento total de teatros e de bares e restaurantes a partir das 18:00.
Festas e receções também estão suspensas, foi definido o recolher obrigatório em algumas zonas e desde o início de outubro que é obrigatório usar máscaras, inclusive na rua.
Milhares de pessoas saíram às ruas nos últimos dias para protestar contra essas medidas, e eclodiram confrontos entre manifestantes e agentes da autoridade principalmente em Nápoles e Roma.
Lusa
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