quinta-feira, 16 de setembro de 2021

ELEIÇÕES AUTARQUICAS | Gestão de crise da pandemia pode altear voto no distrito de Aveiro

 ESTUDO: Impacto da Pandemia nos resultados autárquicos.   Gestão de crise em tempos de pandemia dita resultados das próximas Eleições Autárquicas

·Mais de metade do eleitorado (52%) afirma que a gestão da pandemia afetará o seu voto nas próximas eleições autárquicas

·O impacto de uma boa gestão da crise é superior ao impacto de uma má gestão

·Aveiro, Ponta Delgada e Castelo Branco é onde a gestão da Pandemia é mais valorizada pelos cidadãos no âmbito das Eleições Autárquicas

·Distritos nortenhos de Bragança, Vila Real e Viana do Castelo são onde menos se valoriza a gestão da pandemia por parte dos municípios

 

 

 

 

 

Apenas 20% dos portugueses afirma que a gestão municipal da pandemia não afetará o seu voto nas Eleições Autárquicas de 2021, sendo que 52% afirma que esta gestão terá um impacto direto na sua decisão de voto e 28% não sabe se irá votar ou ainda está indecisa em relação ao impacto da gestão da pandemia por parte da sua Câmara Municipal no seu voto. É entre os mais jovens que o impacto é maior com 58% dos portugueses entre os 18 e os 24 anos a dizer que a primeira ou segunda vez que votam para umas eleições autárquicas será muito influenciada pela forma como os seus líderes locais lidaram com a pandemia. O grupo etário mais avançado (54 ou mais anos) é o que se mostra mais resoluto e menos influenciável pela gestão da pandemia com 40% a afirmar que a gestão local da pandemia não afetará a sua intenção de voto.

 

Apesar deste ser um fenómeno transversal a todo o território nacional, é possível constatar que é nos distritos de Aveiro, Ponta Delgada e Castelo Branco é onde a gestão da Pandemia é mais valorizada pelos cidadãos no âmbito das Eleições Autárquicas, enquanto nos distritos nortenhos de Bragança, Vila Real e Viana do Castelo são onde menos se valoriza esta gestão da pandemia por parte dos municípios. Para além da gestão da pandemia, os munícipes de norte a sul do país, mostram uma voz uníssona em relação as novas prioridades (que não eram tão relevantes antes do aparecimento da Covid-19) que gostariam de ver implementadas nos seus municípios. A primeira prende-se com o acesso a cuidados de saúde de qualidade nos seus municípios, seguindo-se a implementação de programas de segurança e higiene nas escolas e nos postos de trabalho e não massificação dos espaços públicos. Todas as principais prioridades estão relacionadas com a saúde e a segurança sanitária.

 

Quais os aspetos mais valorizados pelos munícipes na pós-pandemia:

 

A coordenação dos serviços municipais e a informação transmitida aos cidadãos é o fator com maior peso nesta classificação. Ainda com elevada importância surge a existência, ou escassez, de apoio aos empresários e instituições locais, e ainda a promoção bem (ou mal) conseguida do município no setor do turismo. Por último, com algumas respostas também a ser contabilizadas, está a promoção do território nos setores financeiro e laboral. De forma geral, a importância da pandemia nestes fatores é distribuída de forma semelhante tanto pela positiva como pela negativa, sendo que é necessário realçar que o impacto de uma boa gestão da crise é superior ao impacto de uma má gestão. Em termos práticos, isto significa que um município que gere bem a pandemia poderá ter benefícios maiores face aos prejuízos que teria se fizesse uma má gestão.

 

Em que se baseiam os portugueses para classificar a gestão de um município como boa ou má?

Segundo “Durante meses, de norte a sul, vimos o nosso território fechado a turistas estrangeiros e grandes limitações aos turistas nacionais, entre os confinamentos impostos, a mobilidade de trabalhadores e estudantes foi muito restrita enquanto muitas empresas e territórios viram a atração de investimento e promoção de exportações passar por um período muito desafiador, muitas vezes incapacitante. Ainda que sejam visíveis progressivas melhorias e novos focos de esperança, é essencial ter em consideração que o futuro não será uma cópia do passado pré-pandemia e que os seus efeitos serão sentidos não só nas indústrias, mas também na personalidade dos públicos-alvo. Novas prioridades, novas exigências e uma necessidade de perseverança, afirmação e modernização marcam uma agenda que começa aos poucos a formar-se nas mentes dos turistas, estudantes, trabalhadores, cidadãos e investidores que procuram num ou mais municípios portugueses o seu próximo destino ou a sua próxima oportunidade”, acrescenta Filipe Roquette, Diretor Geral da Bloom Consulting Portugal.


 

Ao longo dos últimos meses a Bloom Consulting realizou diversos estudos para entender a dimensão e os contornos destes impactos, incluindo uma análise baseada nas variáveis do Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking©, na procura documental e em inquéritos a mais de 1.000 perfis-chave nos 18 distritos portugueses, onde foi possível perceber as perceções e opiniões dos cidadãos nacionais não só acerca da gestão da pandemia nos municípios, mas também sobre mudanças de comportamentos, as novas exigências e receios em relação a trabalhar, viver e visitar os 308 municípios portugueses.

 

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