A expansão do poderio muçulmano com a retomada do Afeganistão põe em risco os restos preciosos da civilização cristã
- Plinio Corrêa de Oliveira
O mundo inteiro estremeceu de pavor ao se deparar com as recentes (e apocalípticas) cenas da reconquista do Afeganistão pelos maometanos do Talibã. Tudo graças à vergonhosa retirada das tropas ocidentais, sobretudo as dos EUA.
As tropas americanas treinaram e armaram muito bem um novo exército afegão. Este não resistiu aos guerrilheiros do Talibã e lhes deixou ‘de mão beijada’ os quartéis e todo o moderníssimo armamento de que dispunha — blindados, foguetes ar-terra, aviões de combate, helicópteros, drones, milhões de cartuchos de munição etc. Os talibãs puderam assim avançar sem encontrar obstáculos, e em poucos dias tomaram praticamente todas as regiões do Afeganistão, inclusive Cabul, a capital.
Há sete décadas, quando ninguém atinava para o perigo maometano, Plinio Corrêa de Oliveira já alertava para ele nos aproximadamente 25 artigos que a respeito escreveu no jornal “Legionário”, do qual era diretor. A título de exemplo, segue trecho de um deles.*
* * *
“Quando estudamos a triste história da queda do Império Romano do Ocidente, custa-nos compreender a curteza de vistas, a displicência e a tranquilidade dos romanos diante do perigo que se avolumava […]. Desta ilusão, vivemos ainda hoje. E, como os romanos, não percebemos que fenômenos novos e extremamente graves se passam nas terras do Corão [livro considerado sagrado pelo Islã].
Falar na possibilidade da ressurreição do mundo maometano pareceria algo de tão irrealizável e anacrônico como o retorno aos trajes, aos métodos de guerra e ao mapa político da Idade Média […].
Todas as nações maometanas se sentem orgulhosas de seu passado, de suas tradições, de sua cultura, e desejam conservá-las com afinco. Ao mesmo tempo, mostram-se ufanas de suas riquezas naturais, de suas possibilidades políticas e militares e do progresso financeiro que estão alcançando […].
Será preciso ter muito talento, muita perspicácia, informações excepcionalmente boas, para perceber o que significa este perigo?”
ABIM
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* Excertos do artigo Maomé renasce, “Legionário”, 15 de junho de 1947.
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