O ponto de situação sobre a evolução pandémica em Portugal e a circulação da variante Ómicron, será conhecido esta sexta-feira, dia em que a ministra da saúde, Marta Temido, dará uma conferência de imprensa.
A informação foi avançada ontem pela ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros, ressalvando que não serão anunciadas novas medidas, isso terá de ser ponderado com mais tempo.
“A senhora ministra da saúde e eu, ao longo desta semana, reunimos por duas vezes com os peritos que habitualmente têm participado nas reuniões do Infarmed. Estamos num momento em que nos próximos três dias teremos mais informação, que ainda é precisa para tomar decisões”, afirmou.
Segundo a governante, Marta Temido “fará amanhã (hoje) a apresentação do ponto de situação da evolução, não apenas da pandemia mas também da presença desta variante e eu queria remeter para amanhã os comentários a esta pandemia”.
“Nós estamos perante sobre a qual sabemos pouco, o mundo todo ainda sabe pouco e por isso nestes momentos é crítico termos toda a informação de que necessitamos para poder tomar decisões”, sublinhou.
Mariana Vieira da Silva disse ainda que o Governo tem sido “sempre muito claro” e destacou as declarações de hoje do primeiro-ministro, António Costa, sublinhando que “num cenário de maior incerteza do que aquela que previmos quando adotámos as medidas, não teremos nenhuns problemas em prolongá-las, ou alterá-las”.
“O acompanhamento da evolução da pandemia e desta nova variante tem sido permanente”, e hoje serão conhecidos mais detalhes sobre esta situação, concluiu a ministra.
Questionada sobre a possibilidade de virem a ser anunciadas novas medidas hoje, a governante esclareceu que tal não se prevê. “Nunca, até hoje, as medidas foram tomadas numa conferência de imprensa de um único membro do Governo”, disse.
Segundo a responsável, a conferência de imprensa desta sexta-feira será apenas uma “apresentação do ponto de situação da pandemia e das informações” que o Governo tem e que este entende que devem ser transmitidas a todos os portugueses.
“O Governo só tomará medidas adicionais significativas num contexto mais alargado”, garantiu Mariana Vieira da Silva, reiterando ainda que “tomar novas medidas exige um conjunto de passos que já conhecem e que não se tomam de um dia para o outro”.
A responsável sublinhou também que “as regras da semana de contenção, já conhecidas, devem resultar em que cada um tome medidas que “levem à redução de contactos, é por isso que se chama de contenção”.
“Essa é a mensagem mais importante. As medidas que tomamos são para que cada pessoa possa, individualmente, fazer essa contenção de contactos”, alertou.
De recordar que o primeiro-ministro admitiu esta quinta-feira a possibilidade de as restrições da semana de contenção – 2 a 9 de janeiro – serem prolongadas para além dessa data.
“Devemos prever que a partir de 9 de janeiro, vamos ter que manter as medidas de controlo das fronteiras”, disse em declarações aos jornalistas à entrada para a reunião de líderes europeus, em Bruxelas, admitindo também um “reforço” de medidas se for necessário por causa da nova variante Ómicron.
António Costa considerou que as medidas determinadas para essa semana, vão “seguramente” ser “prorrogadas, porque a 9 de janeiro não vamos estar em condições de [as] retirar”.
O governante falou ainda sobre a possibilidade de ser necessária uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 na primavera, adaptada às novas variantes, adiantando também que estas doses já estão encomendadas.
Simone Silva / Multinews
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