quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Temporal em Petrópolis fez mais de 100 mortos, há 35 desaparecidos

Pelo menos oito das vítimas são crianças

O governo regional do estado brasileiro do Rio de Janeiro confirmou que a chuva que devastou a cidade de Petrópolis na noite de terça-feira já causou pelo menos 104 mortes. O último balanço do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) indica que pelo menos 35 pessoas estão desaparecidas.

Até às 23h30 de quarta-feira, madrugada em Lisboa, tinha, sido contabilizados 104 mortos, sendo que oito são crianças. Até à altura tinham sido resgatadas 24 pessoas mas 35 ainda estavam desaparecidas.

No local continuam as buscas 540 bombeiros, 210 polícias militares, 200 polícias civis e nove helicópteros.

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro montou um hospital de campanha e há ainda 190 equipamentos, entre maquinaria e veículos, para desobstrução de vias.

O balanço de mortos, porém, ainda deve aumentar nesta localidade de 300 mil habitantes

MAIS CHUVA EM POUCAS HORAS DO QUE A MÉDIA DE UM MÊS INTEIRO

Segundo a agência meteorológica MetSul, Petrópolis recebeu mais chuva em poucas horas na noite de terça-feira do que a média de um mês inteiro de fevereiro.

A chuva que assolou a cidade montanhosa foi a pior registada desde 1932, quando começou a medição na cidade pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Civil, há 372 desalojados.

A SITUAÇÃO É “QUASE DE GUERRA”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que acompanhou os trabalhos das equipas de resgate nos locais onde ocorreram desabamentos e cheias causados pela enxurrada em Petrópolis, disse aos ‘media’ que a situação na área é “quase que de guerra”.Castro esteve no Morro da Oficina, onde os desabamentos causaram várias vítimas.

A prefeitura de câmara de Petrópolis decretou “estado de calamidade” e luto de três dias.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros arrastados pela corrente e grandes deslizamentos em razão da chuva que devastou o local em poucas horas.

Esta não é a primeira vez que a região montanhosa do Rio de Janeiro foi atingida por fortes tempestades. Em 2011 ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos em Petrópolis e cidades vizinhas.

SIC Notícias

Imagem: Folha PE

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