No dia 25 de junho, Porto de Mós foi sinónimo de cultura, história e tradição popular, mas também de mérito, de inovação e de empreendedorismo.
No dia em que as Festas de São Pedro retomaram lugar na agenda, a antiga Central Termoelétrica abriu portas renovada, como Central das Artes, acolhendo quatro espaços expositivos distintos e foi palco, também, da cerimónia de entrega de prémios empresariais Dom Fuas.Um dia rico em tantas vertentes, que só pode ser um bom auguro para a semana alegre que se avizinha.
No decorrer da manhã, a exposição de escultura “Step by Stone”, de Luís Amado, a exposição de pintura “Sopro Imergente”, de Marta de Castro, a exposição “Carvão, Comboios e Carros – Memórias de um tempo de aspirações” e a exposição “Marchas Populares – Gerações de Criatividade” - estas duas últimas exposições iniciativa da Câmara Municipal de Porto de Mós - foram inauguradas e abrem a agenda cultural da Central das Artes.
No início da tarde a Central das Artes foi inaugurada pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e pelo Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala.
Resultado da remodelação da antiga central termoelétrica, que através do carvão proveniente das minas da bezerra, trouxe a luz elétrica ao concelho na década de 30, a central das artes surge como um espaço de valor simbólico, de carácter lúdico e cultural que procurou harmonizar a nova edificação à existente, respeitando o carácter e costumes, assumindo e aceitando a história que este comporta.
A reabilitação da antiga central termoelétrica traduz-se uma ação determinante para dotar a vila de um espaço multifuncional e de grande dinamização cultural, apresentando-se como um forte contributo na alavancagem da zona envolvente. Salienta-se a importância que esta intervenção terá na dinâmica social e cultural.
Apoiada pelo programa operacional regional do centro sob o objetivo preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética, a central termoelétrica teve um apoio financeiro da união europeia de 2.351.404 euros, de um total de 3.241.045 euros.
Perante um processo moroso e com alguns constrangimentos, Jorge Vala, Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, enaltece as superações feitas no decorrer deste processo e o resultado final de uma obra que há muito era esperada pela população.
Ana Abrunhosa sublinhou que coesão é sinónimo de “algo comum, que é de todos e para todos”, conceito inerente ao espaço da Central das Artes, que é de todos, pelo seu simbolismo histórico, e que é para ser fruído por todos.
Seguiu-se a cerimónia de atribuição dos Prémios Dom Fuas que para além da presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e do Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, contou, ainda, com a presença de Rui Pedrosa, Presidente do Instituto Politécnico de Leiria, de Isabel Damasceno, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro e de Nuno Mangas, Presidente do Compete 2020.
Os Prémio Dom Fuas têm como finalidade estimular e reconhecer as iniciativas empreendedoras e inovadoras, no âmbito do desenvolvimento económico, social ou cultural do município, e que contribuem para a elevação do concelho e do país.
A Categoria Carreira pretende premiar e valorizar os portomosenses que aqui ou além-fronteiras tenham desenvolvido um percurso de sucesso ao nível profissional, social, ou outro, destacando-se nas mais diversas áreas de atuação.
Desta forma, entendeu o Município de Porto de Mós atribuir este prémio a Luís Amado, nascido em Porto de Mós em 1953.
Luís Amado foi Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Ministro da Defesa Nacional e Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Atualmente desempenha funções em várias empresas e instituições de renome e é, ainda, autor da exposição patente na Central das Artes, “Step by Stone”.
A Categoria Responsabilidade Social pretende distinguir ações de âmbito nacional, regional ou local nas áreas social, científica, ambiental, cultural, desportiva, educacional ou familiar que promovam e incentivem o empreendedorismo.
Visa, igualmente, distinguir políticas e iniciativas ecológicas ou sociais que procurem melhorar significativamente a vida dos cidadãos.
Fundada em 2019 pela falta de respostas da administração de saúde à prolongada e persistente falta de médicos, a Ur’Gente constitui-se como associação de utentes, sem fins lucrativos, com o objetivo de ser parceira da UCSP de Porto de Mós, em representação dos utentes, sendo seu propósito ajudar a melhorar a prestação de cuidados de saúde à população e ser mediadora social na implementação de politicas públicas de saúde na área abrangida pela UCSP de Porto de Mós.
A Ur’Gente foi a primeira associação de saúde do país a ser reconhecida pelo Ministério da Saúde, cujo objeto é a defesa dos utentes do SNS no acesso aos cuidados de saúde primários.
São estes os motivos que movem a atribuição deste premio à Associação Ur’Gente.
Para além destes prémios, e como é habitual, foram ainda premiadas as empresas portomosenses PME Líder e Maiores Exportadoras do concelho de Porto de Mós.
Patrícia Alves
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