terça-feira, 8 de novembro de 2022

Troca de cadáveres no Centro Hospitalar do Algarve. Administração coloca lugar à disposição

Um dos corpos foi "indevidamente" recolhido e em seguida cremado. Direção do hospital já contactou as famílias, "lamentando profundamente o sucedido e tendo disponibilizado todo o apoio e suporte psicológico necessários".
Os membros do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) anunciaram hoje ter colocado os seus cargos "à disposição" após uma troca de cadáveres, que levou um deles a ser "indevidamente" recolhido e em seguida cremado.
"O Centro Hospitalar Universitário do Algarve abriu um inquérito interno, depois de ter sido detetada uma falha grave na morgue, ocorrida no passado dia 3 de novembro, que gerou uma troca na identificação dos corpos de dois doentes falecidos no Hospital de Faro", lê-se numa nota enviada à imprensa.
De acordo com o centro hospitalar - que agrega as unidades de Faro, Portimão e Lagos -, a situação "levou a que um dos corpos fosse indevidamente recolhido pela agência funerária para cremação, tendo esta já ocorrido".
Na sequência desta ocorrência, o conselho de administração do CHUA "colocou os seus cargos à disposição", lê-se na nota.
A direção do hospital informa que já contactou as famílias, "lamentando profundamente o sucedido e tendo disponibilizado todo o apoio e suporte psicológico necessários".
"Lamentamos este grave incidente e às famílias afetadas apresentamos as mais profundas desculpas e condolências, acompanhando-as neste momento de dor, agravado pela perturbação das exéquias dos seus entes queridos", prossegue a nota.
A administração do CHUA assegura que os procedimentos de confirmação e verificação da identidade dos falecidos naquele centro hospitalar "obedece a várias normas de segurança, bem definidas na instituição, pretendendo o inquérito apurar os factos que estiveram na origem do erro e implementar alterações que se afigurem como necessárias".
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos adicionais sobre o sucedido, mas fonte do hospital afirmou que não haverá, por enquanto, mais explicações, remetendo para a nota enviada.

RR/Lusa

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