Ministro da Educação, João Costa, destaca Águeda como exemplo do que deve ser o processo de descentralização de competências e antecipa nova visita em março
“A Câmara está a investir muito na Educação”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, no âmbito da visita do ministro da Educação, João Costa, à Escola Secundária Marques de Castilho, na sexta-feira passada.
Lembrando que Águeda foi dos primeiros 14 municípios do país a preconizar o processo de descentralização de competências, o Edil salientou que “a Câmara Municipal tem vindo a saber estabelecer com a escola, e a escola com a Câmara, uma relação de parceria que agiliza e torna o processo em tudo mais simples”, porque, acredita, “mais próximos fazemos melhor”.
“Temos vindo a fazer, neste processo, um investimento muito grande em muitas áreas, que vão além do que é proposto no âmbito da transferência de competências. Quase metade dos colaboradores do Município estão, neste momento, nas escolas como pessoal não docente”, frisou Jorge Almeida, acrescentando que tem sido feito também um “esforço incrível nos transportes escolares e na alimentação”, por exemplo, um “investimento que não está totalmente coberto pelas transferências do Estado”.
O Presidente da Câmara declarou que o Município está disposto “a continuar a investir”, até porque “o melhor investimento que se pode fazer é na educação: o retorno é garantido”.
Jorge Almeida aproveitou o momento para congratular a Escola Secundária Marques de Castilho por ter visto aprovada sua candidatura para acolher um Centro Tecnológico Especializado. “É uma responsabilidade e uma oportunidade que não podemos falhar. Sabemos o que as nossas empresas e a sociedade precisam e temos que, cada vez mais, formar pessoas capazes para isso”, declarou.
Com um ensino técnico especializado, o Edil defende que Águeda pode continuar, “com as suas empresas e territórios, a competir com os melhores do mundo”.
Apesar de Águeda ter um parque escolar “em muito bom estado”, há algumas situações que carecem de intervenção, como na Escola Secundária Adolfo Portela, uma das obras consideradas como prioritárias para enquadrar nos investimentos do próximo quadro comunitário de apoio. Para tal, é necessário que o projeto seja apresentado o quanto antes. Aproveitando a presença do presidente da Parque Escolar, Jorge Almeida apelou a que o processo seja agilizado por aquela entidade governamental.
O ministro da Educação, João Costa, que escolheu a Escola Secundária Marques de Castilho para encerrar o primeiro período letivo, deu Águeda como um exemplo do que deve ser o processo de descentralização de competências, trazendo “proximidade à gestão para conseguirmos uma melhor eficiência e uma solução mais ágil”, com “cooperação, respeito pelo que são as competências pedagógicas e formativas das escolas, e responsabilidade pelas questões logísticas e infraestruturais”.
Destacou o mérito de a escola, que considera “plural e muito completa”, acolher um dos primeiros 108 Centros Tecnológicos Especializados do país, que prometem “revolucionar o ensino profissional em Portugal”. “Abrimos concurso para 108 centros, tivemos quase 400 candidaturas, num processo muito competitivo e esta escola teve uma das pontuações mais elevadas”, salientou o governante.
João Costa, que esteve em Águeda numa visita ministerial da Educação que já não acontecia há mais de 20 anos, prometeu regressar em março para ver este centro a funcionar em pleno.
Ana Sofia Pinheiro
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