segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Morreu António Mega Ferreira. “Foi um dos melhores da sua e minha geração”, diz Marcelo Rebelo de Sousa

Presidência da República confirmou falecimento no site oficial.
Faleceu o jornalista e escritor António Mega Ferreira, aos 73 anos. A informação foi tornada pública esta segunda-feira pela Presidência da República, através de uma nota do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
"Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século.
Todos conhecem o seu papel na Expo 98, que não foi só um evento temporalmente situado, mas um momento transformador de Lisboa, a cidade sobre a qual Mega Ferreira apaixonadamente escreveu.
O trabalho de António Mega Ferreira enquanto gestor (na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana) deixaram um pouco na sombra o escritor, ainda que, nas últimas duas décadas, se notasse um renovado empenho nas obras de criação, fossem poemas, romances biográficos, livros de crónicas ou de viagens, monografias, ensaios cultos, até ao seu último livro, um dicionário de palavras que deixámos de usar, mas que mantêm o travo da história vivida e da História coletiva.
Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Presto-lhe a minha homenagem sentida", lê-se no site da Presidência.
Também António Costa, primeiro-ministro, já reagiu à morte de Mega Ferreira, considerando-o como um "importante pensador e criador cultural".
António Mega Ferreira foi um notável jornalista e importante pensador e criador cultural. Ficará para sempre como um dos grandes mentores da Lisboa contemporânea. Sonhou e concretizou a Expo-98. Não como evento, mas como uma nova parte da cidade que amava.
— António Costa (@antoniocostapm) December 26, 2022
Madremedia
Imagem: Wikipedia

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