Na passada terça-feira, da 24 de janeiro,
o Município da Covilhã adquiriu, em leilão, duas obras do pintor
retratista Ricardo Bensaúde (Trieste, 1894 – Lisboa, 1974).
A
licitação única do Município assegurou a incorporação e a
preservação, no seu espólio, das duas pinturas a óleo sobre tela
datadas de 1949, que se encontravam na posse de privados. Cada um dos
retratos constitui uma importante peça da história do título
nobiliárquico de Conde da Covilhã, atribuído em 1898 pelo rei D.
Carlos I a favor de Cândido Augusto de Albuquerque Calheiros, então
Conde do Refúgio. Júlio Anahory de Quental Calheiros, representado
neste conjunto com a sua esposa, foi o terceiro e último Conde da
Covilhã.
O
“Retrato de Júlio Anahory de Quental Calheiros, 3º Conde da
Covilhã (1899-1970)” e o “Retrato da Sr.ª Dona Maria Emília
Fernandes Borges, Condessa da Covilhã” serão expostos ao público,
em conjunto e com entrada livre, a partir do próximo mês de
fevereiro nas instalações do Museu da Covilhã.
O
pintor, batizado Ricardo Oscar José Marcelo Bensaúde, formou-se na
Escola de Belas Artes de Lisboa em 1917, tendo dedicado a sua vida à
produção de retratos de grande qualidade, onde se incluem as
representações de alguns de alguns familiares e personalidades da
época, como António de Oliveira Salazar, Óscar Carmona, Oswaldo
Aranha e Joaquim Nabuco. A partir de 1919, o artista participou em
várias exposições coletivas e em nome individual em Portugal, em
França e no Brasil. A maioria das suas obras encontra-se,
atualmente, na posse de privados e nas reservas de alguns museus
portugueses, nomeadamente do Museu José Malhoa (Caldas da Rainha),
do Museu do Abade de Baçal (Bragança), do Museu da Figueira da Foz
e do Museu do Chiado, que incorporou três óleos sobre em conjunto
com o acervo do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Nenhum comentário:
Postar um comentário