Não é um palco. É um altar onde o Papa vai celebrar, que tem que abrigar milhares de pessoas. Mas a polémica instalada a ponto de ser notícia principal nos meios de comunicação social, não será propriamente o custo do altar. Transborda o cheiro a politiquice, a partidarite. Ora para atacar o presidente da câmara de Lisboa, ora o Presidente da República, ora o governo. Este evento vai trazer a Lisboa um milhão e meio de jovens de todo o mundo! Coisa inédita e nunca acontecida em Portugal.
Mas para os políticos pouco interessa a dimensão do evento. O que mais lhes interessa é a oportunidade para atacar outros políticos.
Desprezam a grandiosidade do evento religioso, a sua dimensão humana. Independentemente de ser um ato religioso, de uma religião, e por sinal a da grosso maioria dos portugueses, será sempre um evento a orgulhar Portugal e que não devia ser caso para alarido injustificado.
Na sua luta partidária, os políticos constroem uma ideia dúbia sobre as exigências necessárias para que a realização deste mega evento corresponda às expectativas e responda às necessidades.
Não ponho em causa o debate democrático sobre custos de eventos. Mas, a dimensão que estão a dar equivale a um escândalo de grandes proporções! Não me parece correto. E prejudica-nos enquanto país com uma democracia que deve ser tratada com mais maturidade por todos os partidos. Não vale tudo.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
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