domingo, 19 de fevereiro de 2023

Candidatura científica liderada pelo Centro de Geociências da Universidade de Coimbra. Município apoia candidatura do calcário de Ançã a Património Mundial


O Município de Cantanhede congratula-se com a candidatura do calcário de Ançã à designação de Pedra Património Mundial, cujo processo está a ser conduzido pelo Centro de Geociências da Universidade de Coimbra.

Ao intervir na reunião camarária desta quarta-feira, o vice-presidente Pedro Cardoso, que tutela a área da Cultura, deu conta que a candidatura académica desenvolvida pelo Centro de Geociências visa o reconhecimento internacional desta pedra “ornamental” enquanto recurso geológico com utilização generalizada na cultura humana, tem a coordenação da prestigiada académica Dr.ª Helena Henriques, professora e investigadora, que tem colaborado em importantes projetos com interesse para o concelho e que “conta com a parceria incontornável do Município de Cantanhede, total disponibilidade do Museu da Pedra, assim como da Junta de Freguesia, cujo trabalho de envolvimento da comunidade já começou”.

Congratulamo-nos com esta candidatura e, numa primeira fase, com o reconhecimento científico pela prestigiada Universidade de Coimbra, através do Centro de Geociências. Não temos a mínima dúvida do êxito desta candidatura, pois além de reunir os requisitos necessários, apresenta uma inquestionável qualidade científica, cuja chancela do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra é da maior relevância, envolve toda a comunidade e conta com a parceria estratégica do Município de Cantanhede e do Museu da Pedra”, referiu o autarca.

Pedro Cardoso entende ainda que outros fatores podem convergir para a atribuição do “selo” da Unesco, nomeadamente a presença de muito património arquitetónico e escultórico já reconhecido como património da humanidade, e a perspetiva de concretização do projeto Geoparque Atlântico e respetiva integração na Rede Mundial de Geoparques.

Recorde-se que o extraordinário património paleontológico que as pedreiras de Ançã encerram, o valor histórico, artístico e sociológico decorrente da exploração e utilização desse calcário ao longo de vários séculos, a importância desta pedra no período áureo da escultura e arquitetura, como é exemplo da renascença coimbrã que tinha a famosa “pedra de Ançã” como matéria prima por excelência, já tinha merecido por parte do Município de Cantanhede a criação, em 2001, do Museu da Pedra, que, entre muitos outros prémios, foi galardoado em 2006 com o Prémio Geoconservação, que distingue as autarquias que se destacam na implementação de estratégias de conservação e valorização do património geológico do seu território.

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