segunda-feira, 22 de maio de 2023

Marinha Grande | TERTÚLIA “PÃO NOSSO” ASSINALOU DIA DA DIVERSIDADE CULTURAL

 No passado domingo, 21 de maio, em que se assinalou o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento, o Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande, reuniu mais de 60 pessoas na tertúlia “Pão Nosso”.
A pretexto dos tipos de pão dos vários países, o presidente da Câmara, Aurélio Ferreira; a vereadora, Ana Alves Monteiro; outras entidades; famílias imigrantes a residir na Marinha Grande e convidados, conversaram sobre interculturalidade, os desafios da imigração e hábitos de cada comunidade.
O presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, recordou que “a Marinha Grande foi sempre uma terra de migrantes, o que só nos engrandece”. Deu conta da existência de mais de 30 nacionalidades nas escolas do concelho e associou o aumento demográfico do concelho aos imigrantes acolhidos na última década, desejando que quem escolhe este território para viver e trabalhar, possa concretizar os seus objetivos e sonhos.
A vereadora, Ana Alves Monteiro, admitiu que “há um sentimento de solidariedade na população da Marinha Grande”. Informou que a população escolar imigrante aumentou para cerca do dobro, nos últimos três anos, tendo subido de 488 para quase 900 alunos. Admitiu que para o verdadeiro processo de adaptação, muito têm contribuído as atuais políticas de integração, levadas a cabo pelas várias instituições locais e nacionais.
A tertúlia foi moderada pela atriz brasileira Jaqueline Figueiredo, a residir em Portugal há quatro anos, que falou, também, das suas experiências, dificuldades e expectativas. Deu a palavra aos representantes de famílias residentes na Marinha Grande ali presentes, oriundas de Arménia, Brasil, Índia, México, Moçambique e Ucrânia. Foi ainda partilhado o depoimento de uma munícipe que foi emigrante na Suíça durante 24 anos e que regressou recentemente a Portugal.
Os convidados recordaram as motivações para deixar o seu país de origem, a dificuldade de aprender português, a forma como contornaram os obstáculos, as ajudas que tiveram, a procura de alojamento e de emprego, o preconceito, o acolhimento de que foram alvo e a vontade de aprender mais sobre a nova realidade. Em todos, foi claro o espírito de coragem, determinação e a esperança necessários para a sua integração.
Após as partilhas dos imigrares e do público presente, a sessão terminou com a degustação de pães típicos de cada país.

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