sexta-feira, 30 de junho de 2023

Associação das Doenças da Tiróide realiza ação de sensibilização para consciencializar sobre doença que afeta 1 milhão de portugueses

Dia 2 de julho, programa “Domingão” na SIC

A Associação das Doenças da Tiróide (ADTI) vai realizar no próximo domingo (2 de julho) uma ação de sensibilização que será emitida em direto no programa vespertino de domingo à tarde na SIC, o “Domingão”.
Com o objetivo de destacar a importância do fator genético das doenças relacionadas com a tiroide, esta iniciativa pretende dar continuidade ao trabalho de consciencialização e de sensibilização que a ADTI tem vindo a promover no seguimento da Semana Internacional de Consciencialização para as doenças da Tiroide.

Para Celeste Campinho, presidente da Associação das Doenças da Tiróide, «estas ações são essenciais para darmos a conhecer a doença entre a nossa comunidade uma vez que esta afeta, no nosso país, cerca de 1 milhão de pessoas, sendo que muitas delas nem se apercebem que sofrem da mesma. Dado que ainda existe um grande desconhecimento das doenças associadas à tiroide e da forma como se manifestam, pretendemos assim, alertar, não só para as consequências que podem trazer para a saúde, mas também para os sinais para os quais todos devemos estar atentos, nomeadamente se tivermos em consideração sintomas como fadiga, fraqueza muscular, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, problemas de visão e problemas relacionados com o ciclo menstrual. Foi consciente desta realidade que escolhemos para esta ação a frase “Cuide da sua tiroide, não ignore os alertas”, porque estes podem salvar vidas.»

Por outro lado, a presidente da ADTI sublinha também a importância do diagnóstico precoce «uma vez que este pode levar o doente a realizar um tratamento mais adequado e eficaz, o que se traduz num enorme benefício em termos da recuperação da qualidade de vida afetada na sequência de sequelas deixadas por problemas da tiroide. É nesse sentido que a ADTI tem vindo também a desenvolver vários rastreios com o intuito de facilitar cada vez mais o acesso ao diagnóstico e, desta forma, informar e alertar para a relação do histórico de saúde familiar com o risco de ocorrência de doenças da tiroide. É também de sublinhar que estamos a falar de um diagnóstico muito simples de realizar e que pode ser feito através de análise ao sangue ou dos níveis hormonais. Acima de tudo o que pretendemos é que existam cada vez mais pessoas informadas e alertadas para a realidade das doenças da tiroide e das suas consequências para a saúde em geral.»

Hipotiroidismo
Estima-se que, em todo o mundo, 200 milhões de pessoas vivam com algum distúrbio da tiroide, e muitas vezes por diagnosticar. Em Portugal, prevê-se que afete 1 milhão de pessoas, embora ainda exista um grande desconhecimento das doenças associadas a esta glândula, bem como em relação à forma como estas se manifestam.

A tiroide é uma glândula endócrina, com um formato semelhante ao de uma borboleta, localizada na parte frontal do pescoço. Esta glândula é responsável pela produção de diversas hormonas reguladoras do metabolismo do corpo que afetam o crescimento e desenvolvimento pessoal. Desta forma, quando a sua produção está comprometida, afetam os mais diversos órgãos, o que resulta nos mais distintos problemas de saúde.

O desequilíbrio desta glândula resulta em sintomas como fadiga, fraqueza muscular, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, problemas de visão e problemas no ciclo menstrual. Assim, o seu diagnóstico é feito através de testes de função da tiroide, que podem ser realizados a partir de uma simples análise ao sangue ou pela análise dos níveis hormonais.

Apesar de serem doenças que podem ter mais impacto em mulheres e surgir em todas as etapas da vida, desde a infância até à terceira idade, há evidências de que este pode ser um problema hereditário, pelo que é comum surgir em diferentes membros da mesma família.

A causa mais comum de doenças da tiroide é autoimune, um processo em que é o próprio sistema imunitário que ataca as células da tiroide, como se estas fossem células estranhas.

Lara Faria


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