“Às
vezes, a indignação significa dignidade, sede de um mundo melhor”.
“Quando ouvimos dizer [América primeiro] é a mesma expressão de
[Alemanha
acima de tudo].
É a mesma coisa: os outros todos passam para segundo plano e só têm
lugar no mundo depois de nós.”
Parei
para ler esta afirmação quando me apercebi de quem a fazia. D.
José Ornelas,
presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Bispo de
Leiria-Fátima. Sem meias palavras, incita-nos a “resistir” ao
novo “nazismo” da administração Trump. “Não
se pode ceder ao autoritarismo, porque o que vem a seguir é muito
perigoso.
Tem
de se levar muito a sério as palavras e os atos do novo Presidente
dos Estados Unidos”.
Alarmante?
Sem dúvida. Pelo menos, de certeza com a intenção de alarmar, de
fazer reagir. Embrulhado num alerta de preocupação. Vindo de
outrem, diria que era exagerada. Da
personalidade que o afirma obriga a parar para pensar.
Um
outro pensamento de comentador deixou uma outra mensagem. Estamos
perante “um retrato de uma ditadura in
progress
e de um homem ridículo e incompetente, mas sobretudo mafioso e muito
perigoso”.
Começamos
a aceitar que temos de ter uma atitude diferente de olhar os amigos
de sempre. Hoje, assumem
sem pudor ser descaradamente contra e combatem o nosso modelo de
sociedade,
os nossos valores, aquilo que faz da Europa um exemplo de tolerância
e construção de um futuro melhor para todos.
Começamos
a perceber de forma clara que temos de pensar seriamente que
futuro estamos a construir para os nossos filhos e netos.
As
palavras de D. José de Ornelas obrigam-nos a uma continuada
reflexão.
*Eduardo
Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional de Imprensa
Regional
Destaque
“[D.
José de Ornelas] incita-nos a “resistir” ao novo “nazismo”
da administração Trump”
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