quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

“Não tem havido falta de sangue” em Portugal, disse Helena Gonçalves na Casa da Cultura de Santa Comba Dão


A consideração pelas associações de dadores de sangue, verdadeiros promotores da dádiva nas localidades onde estas desenvolvem as suas actividades, é notória nas declarações prestadas, na parte final da peça jornalística acima.

“As campanhas, quer para dadores de sangue, quer para potenciais dadores de medula óssea, são promovidas a nível nacional pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação e pelos centros regionais, neste caso, o Centro de Sangue e Transplantação de Coimbra”.

Esta declaração é espantosa, não podia ser melhor, o IPST faz tudo e os centros regionais idem, não necessitam das associações de dadores locais, nem de outros eventuais promotores.

Os dirigentes associativos já se habituaram à muito a não ser considerados, a sua dedicação a não ser reconhecida, enfim vivemos em Portugal, onde o civismo anda pelas ruas ou becos da amargura.

No tocante aos centros de saúde, ficamos com a percepção que não se conhece a realidade que neles é praticada. Quantas vezes os dadores são obrigados a pagar os valores das taxas moderadoras, porque o sistema para ler o histórico não funciona, ou as declarações justificativas não estão preenchidas correctamente, pelo menos é isto que lá dizem aos dadores, e assim vão entrando na caixa registadora uns euritos para suportar algumas despesas.

Por fim, a comparação que é feita com outros países da Europa, consideramos que fica-se muito aquém da realidade, ainda que as diferenças se registem de país para país. Existem países que doam Vouchers aos dadores para custear despesas nas suas deslocações.


Por cá, não se deve falar sobre esta possibilidade. É típico da nossa cultura. Enfim, que dizer mais... Os centros | fazem  tudo, o resto são ondas passageiras. Haja um pouco mais de respeito pelo voluntariado nesta área.

J. Carlos

NB: recomenda-se a leitura do Manual de Gestão de Dadores como forma de desfazer as dúvidas, se é que existem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário