Este mês de fevereiro ficou marcado pela tragédia ocorrida em Caxias, que vitimou duas crianças.
DR
Na noite de segunda-feira, dia 15, Sónia Lima terá atirado ao mar as duas filhas, a pequena Viviane, de 19 meses, e Samira, que faria quatro anos daí a uma semana.
Desde cedo as circunstâncias da tragédia fizeram as autoridades suspeitar. O corpo de Viviane seria encontrado nas primeiras horas, na praia de Giribita, entre Caxias e Paço de Arcos. Sónia acabaria detida em prisão preventiva na Prisão-Hospital de Caxias, onde ainda se encontra.
Só vários dias depois, no passado domingo, dia 21, é que o corpo de Samira foi encontrado. A descoberta foi feita por populares, junto à zona onde a irmã mais nova tinha aparecido. À hora a que circulava a informação de que o corpo de Samira fora encontrado, decorria o velório de Viviane.
Pelo meio, circularam as histórias de acusações de violência doméstica relativamente a Nelson Ramos, o pai das meninas. Sónia Lima, com o fim da relação, terá mesmo acusado Nelson de abusar de uma das meninas.
Ao Notícias ao Minuto, há cerca de uma semana, Rui Maurício, advogado do pai, revelava-nos que no dia a seguir à tragédia chegou um “relatório da Segurança Social que concluía que as meninas estavam em risco, pois a mãe está desempregada e afastou-se dos seus pais”. A carta, que falava ainda no presente, chegara tarde demais.
O velório desta quinta-feira, de Samira, decorreu em condições semelhantes ao de Viviane. Em Rio de Mouro, duas famílias separadas por uma violenta tragédia voltam a partilhar o mesmo espaço para chorar o que as unia. Por perto, agentes à paisana mantém a discrição, garantindo a segurança.
O adeus a Samira, tal como o adeus a Viviane, dificilmente trará respostas satisfatórias. O tempo que se segue é o da Justiça, que ainda procura descortinar tudo o que se passou antes e durante a noite da tragédia de Caxias.
https://www.noticiasaominuto.com/pais/544774/adeus-samira-o-que-se-segue-agora-pertence-a-justica?utm_source=emv&utm_medium=email&utm_campaign=afternoon
Comentário: Se
houve diversos alertas porque não se actuou a tempo? De tudo o que me é dado
saber sobre esta tragédia, por via da imprensa, invade-me sérias dúvidas |
interrogações.
Porque a família
de ambos os lados não actuaram nos momentos em que os sinais eram mais
evidentes, que lago estaria para acontecer? Não esquecer as entidades que foram
contactas pela mãe das crianças?...
Agora “chora-se”
no molhado, sobre a dor, angustia, remorosos de consciência, etc. etc., o certo
é que as crianças acabaram por ser as vítimas directas nestas desavenças.
J. Carlos
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