sexta-feira, 1 de abril de 2016

FMI AVISA COSTA E PUXA ORELHAS A PASSOS


 
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI
O Fundo Monetário Internacional avisa o governo de António Costa que a economia portuguesa continua muito exposta a riscos e que é preciso considerar um Plano B que adie medidas como a reposição dos salários da Função Pública e a descida da sobretaxa de IRS.
No relatório do FMI divulgado nesta sexta-feira, 1 de Abril, e publicado pelo Jornal de Negócios, com os resultados da terceira avaliação pós-Troika a Portugal, constata-se que a desconfiança com os efeitos da reversão de várias das políticas aplicadas pelo governo PSD-CDS.
O FMI alerta que a recuperação económica do país pode estar em perigo e insta António Costa a apresentar um Plano B com medidas adicionais, aliás tal como a União Europeia já tinha feito.
“O Governo precisa de preparar um conjunto específico de medidas de contingênciaque devem ser activadas assim que houver evidências de que a meta de 2,2% para o défice orçamental não será cumprida”, salienta o FMI, citado pelo Dinheiro Vivo.
Entre as sugestões do FMI, estão o adiamento do fim dos cortes salariais e da sobretaxa de IRS, além de “outras propostas concretas de redução de despesa”.
A instituição liderada por Christine Lagarde apela a “planos de contingência” para o cumprimento das metas e para “racionalizar os gastos públicos para conter as pressões da massa salarial e das pensões, e mantendo as margens de manobra orçamental”.

Puxão de orelhas ao governo de Passos

O FMI prevê um crescimento económico de apenas 1,4%, enquanto o governo fala em 1,8%, e considera que o Orçamento de Estado que ontem entrou em vigor apresenta “esforços insuficientes” que vão aumentar o défice estrutural já este ano.
E relativamente a esta questão, o relatório da instituição deixa ainda uma espécie de “puxão de orelhas” ao governo de Passos Coelho, considerando que não aproveitou “a redução dos gastos com subsídios de desemprego e com os juros, de forma a cumprir a redução do défice estrutural”, cita a TSF.
O FMI também alerta o governo para os riscos que a Banca portuguesa corre, lembrando as recentes ajudas públicas injectadas no sector, nomeadamente no caso do Banif, e considerando que “o sistema bancário vê-se prejudicado pela baixa rendibilidade e fraca qualidade dos activos”.
SV, ZAP



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