sexta-feira, 1 de abril de 2016

Isenção das taxas moderadoras pode ter impacto positivo. Emigração mantém-se um problema

Hélder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação

Instituto Português do Sangue e Transplantação procura soluções para aumentar dádivas. Reservas de sangue estão estáveis

Os dadores de sangue voltaram a estar isentos de todas as taxas moderadoras, com a entrada em vigor da lei do Orçamento de Estado deste ano. Hélder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) espera que a medida possa ter impactos positivos, mas reconhece que há um problema que se mantém: a emigração. (crer justificar o injustificável, porque a desconsideração continua).

"Depois de tantos protestos com a retirada da isenção das taxas moderadoras, penso que o regresso da isenção terá impacto positivo. Retirar a isenção foi uma decisão governativa. A taxa moderadora é para quem precisa de cuidados de saúde e os dadores são pessoas mais jovens, ainda sem essa preocupação ", começa por dizer Hélder Trindade, presidente do IPST, embora saliente que "a isenção da taxa moderadora é encarada como um reconhecimento" dado às pessoas. (A VERDADE VENCE SOZINHA, A MENTIRA PRECISA DE CÚMPLICES).

Na altura em que se deu a mudança, com o anterior governo PSD/CDS-PP, Hélder Trindade recebeu várias cartas de pessoas a queixarem-se. "Ouvi queixas de dadores que tinham feito 100 ou mais dádivas durante a vida. Sentiram que tinham dado muito ao SNS para depois, quando precisaram, serem obrigados a pagar taxas pelos cuidados", refere.

Mas há um problema que ainda não foi possível mudar. Durante os anos de maior crise foram muitas as pessoas que emigraram. "Esse efeito vou continuar até, de pessoas abaixo dos 40 anos que eram dadores e que nos contactam do estrangeiro", conta.

Manter os níveis de sangue

Para já Portugal conseguiu ultrapassar o inverno sem grandes problemas nas reservas de sangue, que o presidente do IPST diz estarem "estáveis e acima dos dez dias de reserva em todos os tipos de sangue". O desafio será conseguir o mesmo durante o período de verão, uma altura com férias e que leva, por norma, a menos doações.

"Fevereiro foi um mês que correu bastante bem, sem grandes efeitos da gripe e do mau tempo, que é o que leva as pessoas a ficar em casa. O IPST está a fazer um trabalho de fundo para alterar brigadas e colheitas para evitar a curva do verão", explica. Um das possibilidades é replicar o que já acontece no norte do país, com brigadas e colheita de doações de sangue em horário pós-laboral.

"Este é um trabalho que leva tempo. Se o dador está a trabalhar e não tem tempo, poderá fazê-lo se tivermos postos móveis ou locais a abrir num horário mais tarde. Outra vantagem seria aumentar as dádivas durante a semana. O Porto já o faz, em Lisboa temos feito algumas experiências. As federações (o que vem a ser isto de federações? Umas papas fundos quando deviam ser canalizados para quem trabalha no terreno?) e associações de dadores têm-nos apoiado", diz.



Comentário: é crer fazer de alguns dirigentes pacóvios. Julgo que tanto os dadores como alguns dirigentes mereciam um pouco de respeito.

J. Carlos

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