Hélder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação
| IGOR MARTINS / GLOBAL IMAGENS
Instituto
Português do Sangue e Transplantação procura soluções para aumentar dádivas.
Reservas de sangue estão estáveis
Os
dadores de sangue voltaram a estar isentos de todas as taxas moderadoras, com a
entrada em vigor da lei do Orçamento de Estado deste ano. Hélder Trindade,
presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) espera que
a medida possa ter impactos positivos, mas reconhece que há um problema que se
mantém: a emigração. (crer justificar o injustificável, porque a desconsideração continua).
"Depois
de tantos protestos com a retirada da isenção das taxas moderadoras, penso que
o regresso da isenção terá impacto positivo. Retirar a isenção foi uma decisão
governativa. A taxa moderadora é para quem precisa de cuidados de saúde e os
dadores são pessoas mais jovens, ainda sem essa preocupação ", começa por
dizer Hélder Trindade, presidente do IPST, embora saliente que "a isenção
da taxa moderadora é encarada como um reconhecimento" dado às pessoas. ( A VERDADE VENCE SOZINHA, A MENTIRA PRECISA DE CÚMPLICES).
Na
altura em que se deu a mudança, com o anterior governo PSD/CDS-PP, Hélder
Trindade recebeu várias cartas de pessoas a queixarem-se. "Ouvi queixas de
dadores que tinham feito 100 ou mais dádivas durante a vida. Sentiram que
tinham dado muito ao SNS para depois, quando precisaram, serem obrigados a
pagar taxas pelos cuidados", refere.
Mas
há um problema que ainda não foi possível mudar. Durante os anos de maior crise
foram muitas as pessoas que emigraram. "Esse efeito vou continuar até, de
pessoas abaixo dos 40 anos que eram dadores e que nos contactam do
estrangeiro", conta.
Manter os níveis
de sangue
Para
já Portugal conseguiu ultrapassar o inverno sem grandes problemas nas reservas
de sangue, que o presidente do IPST diz estarem "estáveis e acima dos dez
dias de reserva em todos os tipos de sangue". O desafio será conseguir o
mesmo durante o período de verão, uma altura com férias e que leva, por norma,
a menos doações.
"Fevereiro
foi um mês que correu bastante bem, sem grandes efeitos da gripe e do mau
tempo, que é o que leva as pessoas a ficar em casa. O IPST está a fazer um
trabalho de fundo para alterar brigadas e colheitas para evitar a curva do
verão", explica. Um das possibilidades é replicar o que já acontece no
norte do país, com brigadas e colheita de doações de sangue em horário
pós-laboral.
"Este
é um trabalho que leva tempo. Se o dador está a trabalhar e não tem tempo,
poderá fazê-lo se tivermos postos móveis ou locais a abrir num horário mais
tarde. Outra vantagem seria aumentar as dádivas durante a semana. O Porto já o
faz, em Lisboa temos feito algumas experiências. As federações (o que vem a ser isto de federações? Umas papas fundos quando deviam ser canalizados para quem trabalha no terreno?) e associações de
dadores têm-nos apoiado", diz.
Comentário:
é crer fazer de alguns dirigentes pacóvios. Julgo que tanto os dadores como
alguns dirigentes mereciam um pouco de respeito.
J.
Carlos
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