domingo, 15 de maio de 2016

JÁ SÓ HÁ 60 VAQUITAS MARINHAS VIVAS EM TODO O MUNDO


 
A vaquita marinha, o cetáceo mais pequeno do mundo, está à beira da extinção, havendo apenas 60 exemplares vivos, alertaram hoje associações de proteção do ambiente.
Phocoena sinus, ou vaquita marinha, é um cetáceoa da família Phocoenidae encontrado nas águas do norte do golfo da Califórnia. É também conhecido como marsuíno-do-golfo-da-califórnia, toninha-do-golfo, boto-do-pacífico e cochito.
“A população deste pequeno mamífero de 1,5 metros de comprimento, também chamado toninha do Golfo da Califórnia ou vaquita marinha, caiu mais de 90% em 20 anos”, adianta em comunicado a organização ambientalista WWF.
Estimativas do Ministério do Ambiente do México apontam para que apenas existam 60 vaquitas marinhas vivas.
Estamos a perder a batalha para salvar a vaquita“, alertou o diretor da WWF México, Omar Vidal.
A vaquita marinha é vítima das redes de emalhar utilizadas pelos contrabandistas de totoaba, um peixe também em perigo de extinção.
Phocoena sinus, a vaquita marinha, é o cetáceo mais pequeno do mundo
Phocoena sinus, a vaquita marinha, é o cetáceo mais pequeno do mundo
As autoridades mexicanas dizem ter feito progressos para salvar a vaquita marinha e o totoaba, desde que o presidente Enrique Peña Nieto impôs em abril de 2015 a proibição de utilizar, por dois anos, redes de emalhar em 13 mil quilómetros quadrados, multiplicando por dez a superfície da área protegida.
Para evitar a pesca furtiva, a zona é patrulhada por um navio da Marinha, uma dúzia de pequenos barcos rápidos, um helicóptero e dois aviões.
Foi também criado um plano de 30 milhões de dólares para convencer os pescadores locais a substituírem as redes de pesca por métodos mais respeitadores do ambiente.
No entanto, marinheiros mexicanos contaram à agência France Presse que descobrem, todos os dias, redes de arrasto, numa área equivalente a três campos de futebol.
Segundo o Ministério do Ambiente mexicano, no ano passado, foram apreendidas 600 redes e 77 pessoas foram detidas.
Os pescadores continuam a utilizar clandestinamente este método à noite, denuncia Isabelle Layolle, da organização não-governamental Sea Shepherd, que enviou dois navios para a zona para ajudar as autoridades a identificar as redes de deriva.
A WWF apelou ao México, aos Estados Unidos e à China para tomarem medidas urgentes e coordenarem as suas ações para pôr fim ao tráfico, caso contrário, irão partilhar a responsabilidade da extinção da vaquita, alertou a organização.
“Estamos convencidos de que ainda é possível salvar a vaquita, mas é claramente a última oportunidade”, disse Omar Vidal.
/Lusa

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