sábado, 23 de julho de 2016

CENTENO ESTÁ A DEIXAR COSTA COM OS NERVOS EM FRANJA


 
Tiago Petinga / Lusa
António Costa e Mário Centeno
António Costa e Mário Centeno
Mário Centeno estará a deixar o primeiro-ministro e o seu Governo “enervados”. Tudo por causa da sua falta de jeito para a política, nomeadamente na gestão de um dossier escaldante como o da Caixa Geral de Depósitos.
A ideia é reportada pelo jornal i, na sua edição deste sábado, na qual salienta que o Governo está“furioso com Mário Centeno” devido à “falta de capacidade política do ministro das Finanças” que está “a causar sérios problemas a António Costa”.
gestão do caso CGD “é considerada desastrosa pelos próprios socialistas”, aponta o diário, numa altura em que o Governo negoceia com as autoridades europeias o plano de recapitalização do banco público.
Neste âmbito, o Expresso noticia que o Banco Central Europeu obrigou o Executivo de Costa a refazer o plano de recapitalização do banco, considerando a primeira versão apresentada como “não credível e irrealista”.
O semanário salienta que a proposta do conselho de administração designado por Centeno, previa um “aumento de capital de 5,1 mil milhões de euros e a redução de 2.600 trabalhadores”.
O ministro das Finanças denunciou um desvio de 3 mil milhões de euros na Caixa, culpando o Executivo PSD-CDS, o que levou Passos Coelho a acusar o ministro das Finanças de enfraquecer a banca portuguesa em geral com a sua postura, vaticinando que o “caso CGD vai estourar nas mãos do governo”.

Centeno ouvido no Parlamento a 29 de Julho

O ministro das Finanças vai ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à CGD na próxima sexta-feira, 29 de Julho, depois de prestarem declarações perante os deputados o presidente da comissão executiva da CGD, José de Matos, a 27, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, a 28.
Chegou a duvidar-se que Centeno pudesse prestar declarações no arranque da CPI, por causa das férias, mas já foi confirmada a presença do ministro no Parlamento antes do fim de Julho.
A CPI à Caixa, imposta potestativamente por PSD e CDS-PP, é presidida pelo social-democrata José Matos Correia e vai debruçar-se sobre a gestão do banco público desde o ano 2000.
O processo de recapitalização, actualmente em negociação com Bruxelas, também será abordado.
ZAP / Lusa

Nenhum comentário:

Postar um comentário