O
diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, ficou hoje em liberdade mediante
caução de 50 mil euros e suspenso das funções públicas que exercia atualmente,
por decisão da juíza de Instrução Criminal no processo da operação Cavaleiro.
Segundo
nota à comunicação social da Procuradoria-Geral da República, a juíza de
Instrução Criminal Maria Antónia Andrade decidiu também proibir Diogo Gaspar de
contactar com funcionários e entrar no Museu da Presidência, Secretaria-geral
da Presidência e Palácio da Cidadela, em Cascais.
A
PGR esclarece também, na nota à comunicação social, que no âmbito do inquérito
"foram intercetadas comunicações telefónicas nas quais intervém
acidentalmente o Presidente da República".
"O
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça determinou a destruição imediata de
elementos relativos a essas mesmas interceções telefónicas, por as considerar
manifestamente estranhas ao processo, não tendo, por isso, qualquer relevância
para a investigação", acrescentou.
O
diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, foi detido na quinta-feira por
suspeita de crimes de tráfico de influência, falsificação de documento,
peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder,
segundo a PGR.
A
PGR indiciou que a investigação teve início em abril de 2015 e foram realizadas
buscas domiciliárias e não domiciliárias na zona da Grande Lisboa e em
Portalegre.
O
inquérito investiga, segundo a PGR, "suspeitas de favorecimento de
interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens
económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como
contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores
públicos".
O
documento da PGR refere ainda que está igualmente a ser investigado "o uso
de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens móveis
públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à
realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos".
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