O Presidente da Rússia mostrou-se aberto, esta sexta-feira, a adotar algumas medidas que permitam reduzir a tensão militar com a Aliança do Atlântico Norte (NATO) na região do mar Báltico. De visita à Finlândia, um parceiro da aliança, mas ainda não um Estado-membro,Vladimir Putin vincou ao presidente homólogo, Sauli Niinistö, a satisfação pela neutralidade militar finlandesa na região.
O líder russo, ainda assim, não deixou passar a oportunidade de deixar um aviso à Finlândia poucas semanas depois deste Estado-membro da União Europeia ter feito parte de exercícios militares da NATO na região do Báltico.
“O que pensa que faremos se aderirem à NATO? Nós recuámos as nossas tropas 1500 quilómetros. Acham que as vamos manter lá, tão longe da fronteira?”, atirou Putin, dirigindo-se a Niinistö, acrescentando: “Parafraseando a observação de um amigo meu finlandês, poderia dizer que a NATO teria prazer em entrar em guerra com a Rússia até ao último soldado finlandês. É isto que querem? Nós não. Vocês devem decidir por vocês mesmos.”
Procurando desdramatizar a singela ameaça deixada no ar, o Presidente russo disse ainda caber “aos finlandeses decidir como defendem a respetiva soberania e garantem a sua segurança”. “É claro que valorizamos e respeitamos o estatuto neutral da Finlândia”, concluiu.
A tensão na região do Báltico tem vindo a aumentar desde o estalar do conflito na Ucrânia em fevereiro de 2014. Os vizinhos Estados-membros da NATO (Estónia, Letónia e Lituânia) receiam uma expansão russa e a aliança tem mobilizado tropas para a região, para exercícios. Moscovo tem também realizado alguns exercícios no próprio território junto a esta região.
Vladimir Putin insiste que a Rússia nada tem a ver com o conflito separatista na Ucrânia apesar de, por exemplo, ter anexado em Março de 2014 unilateralmente a península da Crimeia. A União Europeia não concorda com a esta alegada inocência russa esta mesma sexta-feira o agora “clube dos 27” decidiu prolongar as sanções económicas à Rússia até final de Janeiro do próximo ano.
Fonte: euronews
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