domingo, 11 de setembro de 2016

SÓCRATES ATIRA-SE AO JUIZ CARLOS ALEXANDRE E ANUNCIA QUE O VAI PROCESSAR


 
José Coelho / Lusa
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José Sócrates acusa o juiz Carlos Alexandre de “um inqualificável abuso de poder”, no seguimento da entrevista que este deu à SIC, e anuncia que o vai processar.
A posição do ex-primeiro-ministro surge num artigo de opinião, publicado no Diário de Notícias, e é uma resposta às declarações que o juiz que ordenou a sua prisão preventiva, em Novembro de 2014, no âmbito da Operação Marquês, fez em entrevista à SIC.
Carlos Alexandre disse no canal de televisão que é o “Saloio de Mação” que precisa de trabalhar para pagar as contas por não ter “dinheiro em nome de amigos”.
“Tal alusão”, que nada vinha a propósito, não pode deixar de ser entendida – como o foi por todos os que a viram – como umacobarde e injusta insinuação baseada na imputação que o Ministério Público me fez no referido processo”, escreve Sócrates no texto publicado no DN por proposta do próprio ex-primeiro-ministro, conforme se sublinha no jornal.
Referindo-se a Carlos Alexandre como “o juiz dos direitos”, Sócrates acusa-o de “um inqualificável abuso de poder” e de pretender “condenar alguém sem julgamento”, anunciando que deu “instruções” aos seus advogados para “apresentarem as respectivas queixas aos órgãos judiciais competentes”.
“Nunca tive contas bancárias em nome de amigos”, salienta o ex-governante no artigo, realçando que essa “imputação não tem fundamento” e que “é falsa, é injusta e é absurda”.
“Ao fazer tão grave e falsa insinuação o Sr. juiz evidenciou não ter a imparcialidade que é exigível a um juiz de instrução na condução deste processo”, sublinha ainda Sócrates, notando que Carlos Alexandre “decidiu expressar publicamente que, afinal, sempre teve partido”.
Sustentando que a atitude do juiz é “um evidente juízo de culpabilidade sem que haja acusação formada, sem que tenha havido julgamento e sem que haja alguma sentença transitada em julgado”, Sócrates conclui que isto prova que o processo em que está envolvido “nunca foi um processo justo”.
ZAP

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