domingo, 5 de março de 2017

GOVERNO DE CABINDA NO EXÍLIO E DA FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO ESTADO DE CABINDA (FLEC)


COMUNICADO AO POVO DE CABINDA

O Governo Cabindês no exílio da Frente de libertação do Estado de Cabinda, lança um apelo a todos os Cabindeses seja qual for o lugar onde estiverem para permanecerem unidos, resistirem contra o inimigo que ocupa o nosso território ilegalmente; para não participarem nas eleições de 2017 em Angola; e de continuarem a rejeitar o memorando de acordo assinado em 1 de agosto de 2006 entre António Bento Bembe e o Governo Angolano.

Nós, Governo de Cabinda no Exílio e da FLEC, não fomos representados, e não fomos implicados nas negociações; e contestamos a legitimidade do Senhor António Bento Bembe.
Cabinda não é Angola

Angola é um grande inimigo militar de Cabinda.

As autoridades angolanas têm intimidado, continuam a intimidar, todos os que em Cabinda ousam pensar de forma diferente das autoridades coloniais de Angola.

O governo angolano não respeita os direitos humanos no território de Cabinda.

Angola, não só violou o tratado de Simulambuco de 1 de fevereiro 1885 como, pelo Acordo de Alvor, transformou o Estado de Cabinda numa colónia, sendo por isso responsável, por tudo quanto se passa no território de Cabinda.Enquanto, o Governo angolano não aceitar negociar directamente com o Presidente António Luís Lopes, o único interlocutor valido; e os representantes do governo de Cabinda no exílio, para encontrar uma solução duradoura, para Cabinda, a guerra vai continuar.

O diálogo entre o Governo angolano e os representantes do Governo Cabindês no exílio, é a única via para resolver o conflito de Cabinda.

Cabinda nunca fez parte integrante de Angola. O facto da reunificação das Administrações da colónia e do protectorado em 1955, não tem nenhum efeito nem politico nem jurídico para os regimes das entidades em causa.

O Estado de Cabinda, vai de Miconje ao Iema e de Massabi a Zenze de Lucula.

No artigo 1 da constituição portuguesa de 1933 referente à nação portuguesa sempre constava, sempre constou e ainda lá esta, que o território de Portugal era, na África Ocidental e na África Oriental, constituído pelos arquipélagos de Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe e suas dependências, São João Baptista de Ajuda, Cabinda, Angola e Mocambique.

O Acordo de Alvor, o único suporte ao qual se agarra com unhas e dentes o Governo angolano para justificar a sua apetência expansionista sobre Cabinda, não valeu nada.

O Acordo de Alvor que permitiu a independência de Angola e a anexação por esta de Cabinda só valeria se o Movimento Popular de libertação de Angola (MPLA) não ficasse no poder.

Se o Acordo de Alvor não serviu para nada, importa ter a mesma coerência no sentido de também o considerar inválido no que respeita à anexação de Cabinda por Angola.

Viva o presidente António Luís Lopes e o governo de Cabinda no exílio da Frente de Libertação do Estado de Cabinda, Viva os Combatentes da liberdade; Viva a Unidade Cabindesa; Viva o tratado de Simulambuco; Viva Cabinda livre.

A LUTA CONTINUA E VENCEREMOS

Feito em Paris, ao 17-02-2017·


Francisco Bilendo
Representante da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) no Benelux

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