terça-feira, 11 de abril de 2017

ENERGIA Distribuidoras de gás propõem investir 248 milhões em rede

Planos de investimento em infraestrutura entre 2017 e 2021 está em consulta pública até 2 de maio 
Fotografia: Arquivo/Global Imagens

As empresas de distribuição de gás natural vão investir, ao todo, 248 milhões de euros em infraestrutura entre 2017 e 2021 


A informação consta nos planos estratégicos das várias empresas de distribuição de gás natural publicados no site da ERSE: EDP Distribuição, oito empresas do grupo Galp e ainda a Sonorgás e a Tagusgás. Os planos estão agora em consulta pública, que decorre até 2 de maio, e ainda terão de ser aprovados pelo regulador do setor energético.

A EDP Gás Distribuição propõe um investimento de 109 milhões de euros, entre investimento em desenvolvimento (94 milhões de euros) e outros investimentos (mais de 15 milhões de euros). A empresa gastará 91 milhões de euros para ligar cerca de 74 mil novos pontos de abastecimento entre 2017 e 2021. “Este investimento incidirá, sobretudo, em redes de distribuição e ramais (59%) e em infraestruturação de clientes (41%)”, segundo o plano consultado pelo Dinheiro Vivo. 

Além da ligação dos novos postos de abastecimento o investimento tem por base a construção de cerca de 786 quilómetros de rede primária, secundária e de urbanizações, assim como o reforço da infraestrutura e ligação à rede de distribuição de gás natural. Já no que diz respeito a contadores de expansão e redutores o investimento será de 3,5 milhões de euros para 74 mil contadores e 18 mil redutores. 

“A empresa não projeta neste plano investimento em contadores inteligentes, pois face ao esforço financeiro que este tipo de equipamento implica, aguardará pelo resultado de algumas análises que está a desenvolver para concluir sobre benefício” dos contadores, explica a EDP Gás Distribuição. 

O gasto da empresa rondará sempre os 21 a 23 milhões de euros anuais. Além da expansão do número de pontos e da conclusão de algumas linhas e projetos a EDP Gás Distribuição quer captar 200 novos grandes consumidores até ao final do plano. 

Já nas empresas do grupo Galp, espalhadas pelas várias regiões do país, o investimento total será de 113,3 milhões de euros. 

O maior gasto na Lusitâniagás, na zona centro, com um investimento global de 32,5 milhões de euros. Segue-se a a Lisboagás, que registará um investimento global de 31,2 milhões de euros. 

Para a empresa os planos de investimento “confirmam o esforço de consolidação dos níveis de eficiência do investimento pela manutenção dos principais indicadores em níveis estáveis e reduzidos”, não se prevendo “nenhum projeto de grande expansão das redes”. 

A Beiragás vai gastar 7,48 milhões de euros durante o plano. Já a Dianagás vai gastar 1,6 milhões de euros, a Duriensegás 4,2 milhões de euros. A Medigás gastará 2,7 milhões de euros, a Paxgás 259 mil euros e a Setgás (da zona de Setúbal) 19 milhões de euros. 

Já a Sonorgás, que está presente na região de Mirandela e Póvoa de Lanhoso, está a concorrer a 18 licenças no âmbito do concurso de novos pólos, estando previsto um gasto total no período de 14,4 milhões de euros. 

Já em infraestrutura o gasto será de 2,5 milhões de euros. Por fim, a Tagusgás estima investir, entre 2017 e 2021, 11,3 milhões de euros mas admite que o plano pode ser alvo de alterações, nomeadamente devido a solicitações de agentes do mercado e novos grandes consumidores não previstos. 

A maior parte a será gasta em redes e em ligações de clientes.

Fonte: Dinheiro Vivo

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