Os secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e do Tesouro, Álvaro Novo, "aprovaram a venda após a audição da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), que deu parecer favorável à transação", refere o comunicado enviado à Lusa.
O gabinete do secretário de Estado da Internacionalização anunciou hoje à Lusa que foi concluída a operação de aquisição da Nanium (ex-Qimonda) pela empresa americana Amkor Technology Inc.
“Os secretários de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e do Tesouro, Álvaro Novo, aprovaram a venda após a audição da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (UTAM), que deu parecer favorável à transacção”, diz o Governo.
“Com esta operação, o Estado português recuperou os créditos remanescentes correspondentes aos incentivos concedidos e ainda não reembolsados, no valor de 8.930.126,00 euros e vai também recuperar, de forma gradual, a componente capital investida na empresa, resultante do processo de insolvência da Qimonda”, realçou o Executivo.
Ao autorizar a operação de alienação da totalidade da participação na empresa, proposta pela AICEP, “o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, e a agência, procuraram evitar futuros investimentos do Estado português na empresa, ou a consequente perda de valor em decurso das suas permanentes necessidades”, diz o comunicado.
Segundo a Lusa, a compra da Nanium pela Amkor “é um passo sólido para a viabilidade e crescimento a médio e longo prazo da empresa, enquadrada num grupo que é o segundo maior do setor a nível mundial, com um volume de negócios, em 2016, de 3.900 milhões de dólares (3,4 mil milhões de euro)”.
“A decisão do Governo, ao autorizar a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal], que representou o Estado português neste processo, a efetuar a venda, permitiu assegurar os cerca de 550 postos de trabalho, muitos deles altamente qualificados”, acrescenta o Governo.
A Nanium resultou da falência da multinacional alemã Qimonda, cujo processo de falência teve início em 30 de março de 2009, por decisão do tribunal administrativo de Munique.
Atualmente, a ex-Qimonda era detida pela AICEP, em representação do Estado português, com 17,88%, e pelos bancos BCP (41,06%) e Novo Banco (41,06%), e produzia “produtos de alta qualidade tecnológica, nomeadamente fornecendo soluções de embalagens de semicondutores”, pelo que “a solução agora encontrada é estratégica e económica e financeiramente vantajosa para o Estado e para os trabalhadores da empresa”.
Recorde-se que a ex-Qimonda obteve apoios diretos ao investimento aprovados no programa de incentivos à modernização da economia (PRIME), 2000/2006, e no QREN (2007/2013).
Fonte: Jornal Económico com agencias
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