A Polícia de Segurança Pública divulgou esta quarta-feira, no Facebook, um vídeo explicativo e com conselhos para lidar com o jogo 'Baleia Azul', que coloca desafios aos participantes através das redes sociais; o objetivo final é levá-los ao suicídio.
"O desafio Baleia Azul consiste numa sequência diária de 50 tarefas, cujo objetivo é conduzir a vítima ao suicídio", explica a PSP. "Jovens com tendências depressivas são os mais vulneráveis e, por isso, necessitados de maior acompanhamento".
A PSP explica que a adesão ao jogo se faz "através de conversações nas redes sociais" e que um "curador" passa depois a interagir com a vítima, fingindo compreendê-la. "Na verdade ele está somente a enganá-la, envolvendo-a numa mentira, fisicamente autodestrutiva e psicologicamente desestruturante". Perante uma eventual desistência da vítima, o curador "amedronta-a, fazendo-a acreditar que é vigiada pessoalmente". "Denuncia à polícia", incentiva a PSP, que passa depois a explicar as consequências do jogo.
"Em Portugal, qualquer curador/moderador incorre num dos crimes mais graves da nossa legislação: crimes contra a vida. Em concreto, o crime de incitamento ou ajuda ao suicídio, prevê uma pena de prisão até três anos se a vítima for adulta e, pelo menos, tentar o suicídio. Se a vítima for menor, a prisão pode ir até aos cinco anos. As polícias conseguem encontrá-los e os tribunais condená-los. O seu criador já foi preso, juntamente com outros curadores/moderadores", esclarecem as autoridades.
A apresentação em vídeo da PSP termina com as respostas à pergunta "O que fazer?" perante um adolescente que aderiu ao jogo. A polícia incentiva "amigos, pais e professores" a estarem atentos aos sinais, nomeadamente inscrições na palma das mãos, sinais de automutilação, interesse repentino por filmes de terror, atividades no meio da madrugada, exposição ao perigo com vistas e locais altos, desenhos de baleia ou ficar sem conversar por longos períodos. Na presença destes indícios, quem suspeite de um participante no jogo deverá informar a polícia e procurar para a vítima apoio psicológico especializado.
Diário de Notícias
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