quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pelo menos oito vítimas do desafio Baleia Azul identificadas em Portugal

Além das quatro vítimas já conhecidas, pelo menos outras quatro deram entrada ontem nas urgências de pedopsiquiatria do Porto.
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Já serão pelo menos oito as vítimas do desafio Baleia Azul identificadas em Portugal. Ontem, quarta-feira, uma adolescente de Matosinhos foi internada no Hospital de S. João, no Porto, com sinais de automutilação - seria o quarto caso desde que se soube que o jogo já fazia vítimas em Portugal, estando as anteriores sinalizadas em Setúbal, Portalegre e Faro - mas, segundo a RTP, pelo menos mais quatro adolescentes deram entrada também na quarta-feira nas urgências de pedopsiquiatria do Porto.
De acordo com as informações adiantadas pela estação, nenhum dos adolescentes ficou internado, mas todos foram reencaminhados para a consulta de comportamentos autolesivos do Hospital de Magalhães Lemos.
À RTP, a responsável pela consulta, Otília Queiroz, não quis falar de casos particulares, mas não escondeu preocupação com o "caráter predatório" do jogo que coloca desafios aos participantes, sendo o objetivo final levá-los ao suicídio. Os alvos são, normalmente, jovens mais fragilizados, e a forma como o jogo da Baleia Azul tem sido divulgado nas escolas poderá potenciar o número de vítimas. "Temos perfeita noção de que é um fenómeno viral", referiu.
O Ministério Público abriu entretanto quatro inquéritos relacionados com o jogo online e a a PJ está já a investigar, em contacto com os inspetores da Unidade Nacional do Crime Informático (unc3t), para tentar seguir o rasto dos curadores do jogo e perceber se há portugueses envolvidos ou se as ordens vêm todas de fora do país - esta quinta-feira, o JN escreve que a adolescente de Matosinhos internada no Porto recebia ordens de um cidadão brasileiro, que lhe ligava para o telemóvel de madrugada.
A PJ, conforme o DN adianta na edição de hoje, está "muito preocupada" com a propagação do jogo na internet.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu ainda o DN de que nos quatro inquéritos abertos os responsáveis que forem encontrados - curadores ou administradores do jogo - incorrem no crime de incitamento ou ajuda ao suicídio, punível até 5 anos se a vítima for menor e atentar contra a própria vida e até 3 anos se a vítima for adulta.
Fonte: DN

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