"Neste processo, o Ministério Público exibiu despudoradamente uma das especialidades que vem cultivando há décadas: promover covardemente - e criminosamente - campanhas de difamação nos jornais, por forma a transformar a presunção de inocência em presunção pública de culpabilidade", disse o ex-primeiro ministro.
O ex-primeiro ministro José Sócrates fez duras críticas ao Ministério Público (MP) num texto de opinião publicado esta terça-feira no Diário de Notícias. Referindo-se à prorrogação “pela sexta vez” do prazo de inquérito da Operação Marquês que dá mais três meses para a conclusão da investigação, Sócrates classificou o caso de ser uma “perseguição” levada a cabo por “um departamento estatal da caça ao homem”.
O arguido da operação, acusou o MP de promover campanhas de difamação e de perseguição a um alvo. A Operação Marquês “tem 45 meses de inquérito e, dizem, 32 funcionários a trabalhar, entre polícias e procuradores. Há muito que deixou de ser um inquérito para se transformar num departamento estatal de caça ao homem”, escreveu o ex-primeiro ministro.
“Prazos de novo. Mas, afinal, porque é que estamos a discutir prazos? A resposta sabem-na todos, porque tudo isto tem decorrido à frente de todos: só estamos a discutir prazos, porque o Ministério Público deteve, prendeu, promoveu ele próprio uma formidável campanha de difamação e, ao fim de quatro anos de inquérito não apresentou nem as provas nem a acusação”, acusou.
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