terça-feira, 2 de maio de 2017

Erdogan pressiona UE a abrir novos capítulos para adesão da Turquia

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A Turquia renunciará à União Europeia (UE) caso não sejam abertos novos capítulos de negociações para a adesão de Ancara, declarou hoje o Presidente Recep Tayyip Erdogan.


"Não têm outra escolha que não seja a abertura dos capítulos que ainda não foram abertos", disse Erdogan durante um discurso em Ancara. "Se forem abertos, muito bem. Caso contrário, adeus".
As relações entre Ancara e Bruxelas, particularmente tensas desde o fracassado golpe militar de julho de 2016 na Turquia, agravaram-se no decurso da campanha para o referendo sobre o reforço dos poderes presidenciais, devido à anulação de comícios eleitorais de ministros turcos na Europa.
O processo de adesão da Turquia à UE permanece bloqueado há vários anos e os progressos parecem pouco prováveis.
Desde o início oficial das conversações de adesão da Turquia à UE, em 2005, foram abertos 16 dos 35 capítulos que integram a legislação da União, o designado acervo comunitário.
O último a ser aberto, em junho de 2016, refere-se às questões financeiras e orçamentais.
Apesar das tensões, a Turquia permanece um importante parceiro da UE, em particular no combate ao terrorismo e na questão migratória.
Em 2016, Ancara e Bruxelas concluíram um pacto que permitiu reduzir drasticamente o número de passageiros clandestinos na Grécia provenientes das costas turcas.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, deverá manter conservações com o Presidente turco no decurso da cimeira da NATO em 25 de maio, em Bruxelas, indicou no sábado a chanceler alemã Angela Merkel.
"Em primeiro ligar, devem ocupar-se destes capítulos, devem manter as vossas promessas. Depois disso, sentamo-nos à mesa, Caso contrário, nada mais temos a discutir convosco", frisou Erdogan.
O chefe de Estado turco evocou, por diversas vezes, uma possível consulta popular para decidir o prosseguimento ou a interrupção do processo de adesão à UE.
Erdogan também admitiu o restabelecimento da pena da morte da Turquia, uma medida que implicaria o fim da sua candidatura à UE, que também muito contestada pela maioria dos eurodeputados de centro-direita, o maior grupo do Parlamento Europeu.
Em paralelo, a Turquia também rejeitou as críticas emitidas nos últimos dias pelas Nações Unidas e UE relacionadas com uma nova vaga de despedimentos e detenções generalizadas de funcionários públicos supostamente vinculados ao clérigo Fethullah Gülen, acusado de ter orquestrado o fracassado golpe militar de julho.

Fonte: Notícias ao minuto

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