A secretária-geral adjunta do Partido Socialista (PS) destacou hoje, Dia do Trabalhador, o combate à precariedade e ao desemprego e o aumento do emprego com mais direitos e dignidade, como aspectos positivos no actual clima político nacional.
"Em primeiro lugar, a criação de emprego e quebra do desemprego. Foram criados no último ano 156.000 postos de trabalho e a taxa de desemprego está hoje abaixo dos 10%, num valor que não estava desde Fevereiro de 2009. São boas notícias para os portugueses mas sobretudo para os trabalhadores", disse Ana Catarina Mendes, em declarações à agência Lusa.
A secretária-geral adjunta do PS saudou o papel dos sindicatos, do Governo e do seu partido na defesa do trabalho digno: "Não basta a criação de mais emprego, é preciso que corresponda a maior dignidade. E essa criação de emprego significa também um combate à pobreza, que se manifesta, quer na recuperação dos rendimentos, quer no aumento do salário mínimo, quer nas políticas socais que são atribuídas a esta matéria", salientou a dirigente socialista.
Ana Catarina Mendes acrescentou que os números demonstram que "é verdadeiramente falso" que o aumento do salário mínimo não podia corresponder à criação de mais emprego.
Neste Dia do Trabalhador, a dirigente socialista notou que se deve valorizar o papel do diálogo, da concertação e da contratação social e, neste 1.º de Maio em particular, relevou o acordo alcançado "num sector tão importante e tão tradicional" como é o do calçado, "que recentemente assinou um contrato de trabalho no sentido de igualdade salarial entre homens e mulheres".
"Isto é também um espelho daquilo que é a maturidade da própria democracia, mas também a consciência de que é possível mudar para melhor as relações de trabalho, e este é um ponto essencial", frisou a secretária-geral adjunta do PS.
Ana Catarina Mendes deixou também críticas ao líder do PSD e acusou Pedro Passos Coelho de manter uma atitude de "reação à espuma dos dias", dependendo das notícias.
"Num primeiro momento, perante a quebra do desemprego, dizia que achava que isso era uma ilusão, porque estávamos a destruir o emprego. Depois, Passos Coelho minimizou o aumento real de emprego, e hoje acha que é fruto das políticas do seu Governo. Ora, a maior destruição de emprego foi na altura dos quatro anos e meio do doutor Passos Coelho", vincou a socialista.
Segundo a secretária-geral adjunta do Partido Socialista, Pedro Passos Coelho devia ter mais respeito pelos trabalhadores. "Aquilo que se pedia era que também Passos Coelho hoje olhasse para o Dia do Trabalhador com aquele respeito que é necessário aos trabalhadores portugueses, e não apenas reagir a notícias: quando elas são boas foram fruto das políticas de Passos Coelho, quando são más, são coisas más do Governo", acusou Ana Catarina Mendes.
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