terça-feira, 6 de junho de 2017

360º - Rendas: EDP recebeu 2,5 mil milhões em dez anos e Mexia dá explicações. E ainda: detida suspeita de fuga de informação sobre a Rússia

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Daqui a alguns minutos, António Mexia (e a restante administração da EDP) dá uma conferência de imprensapara falar sobre a investigação judicial que foi conhecida na sexta-feira. O Observador vai seguir tudo em direto neste liveblog.

É uma notícia do Observador de ontem à noite e põe um número redondo no valor dos contratos que valeram as famosas "rendas" à empresa: a EDP recebeu 2,5 mil milhões de euros em dez anos como compensação pelas receitas que obteria com a venda da energia de uma parte de suas centrais em condições de mercado.

Que contratos são estes, afinal? De onde vêm e para que servem os CMEC (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual)? A Ana Suspiro explica aqui.

A polémica é antiga - muito, muito antiga. A guerra das rendas já derrubou em tempos um secretário de Estado da Energia. Esta é a história de um dossier (quase) intocável.


Informação relevante
Foi detida uma colabora externa dos serviços secretos americanos. Acusação: passou a um site de informação documentos confidenciais sobre a interferência russa nas eleições americanas. É a primeira detenção por fugas de informação da administração Trump.

Em Londres, há várias novidades:

Entretanto, a campanha eleitoral prossegue no Reino Unido. Hoje, os dois candidatos principais dão entrevistas à imprensa. No Telegraph (só para assinantes), Theresa May avança: "Sou uma apoiante de disparar para matar, enquanto Corbyn se opôs a todas as leis anti-terrorismo". NoGuardian, Jeremy Corbyn defende-se: "Pouco patriota, eu? Isso é um completo disparate".

A crise diplomática com os vizinhos está a isolar (literalmente) o Catar. O que está em causa e o que pode acontecer a seguir? Há 5 perguntas e respostas que ajudam a perceber o conflito. Para ter ainda mais contexto, pode ler o nosso Especial "Xiitas e sunitas. Catorze séculos da grande divisão do Islão".

Vamos então às notícias portuguesas.

"Não há soluções milagrosas nem soluções muito rápidas" para reduzir a dívida pública. O aviso foi feito por Teodora Cardoso, que acrescentou: sem disciplina orçamental e crescimento, não vamos lá.

A presidente do Conselho de Finanças Públicas falava na apresentação de um estudo sobre a dívida elaborado pelothink tank do social-democrata Jorge Moreira da Silva. Segundo os economistas da Plataforma para o Crescimento Sustentável, um eventual perdão da dívida teria “um custo brutal”.

O dono da Altice, Patrick Drahi, é um dos clientes lesados do antigo BES. E agora reclama uma compensação pelas perdas. A notícia é do Negócios.

O PS renegociou a dívida com a banca e cortou em fornecedores para equilibrar as finanças. Pela primeira vez em quatro anos, as contas socialistas (de 2016) foram fechadascom saldo positivo, avança o Público.

O que está a acontecer no Convento de Cristo, em Tomar? A RTP falou de estragos no Convento de Cristo. Terry Gilliam, a rodar um filme no monumento, disse que as acusações eram falsas. Foi aberto um inquérito.

Depois do Convento de Cristo, uma polémica com o Mosteiro dos Jerónimos: o Ministério Público está a investigar várias irregularidades detetadas por uma auditoria, revela o DN.


A nossa Opinião

Rui Ramos escreve sobre terrorismo: "Os europeus têm de conceber a Europa como parte do mundo do Médio Oriente e Norte de África, e de reconhecer que a viabilidade do modo de vida ocidental passa por o tornar viável em toda essa região".

José Manuel Fernandes comenta, em vídeo, a greve dos juízes: "Se os professores tomam os alunos como reféns, os juízes parecem que querem sequestrar a democracia. Os juízes já têm as reformas mais elevadas. Ainda querem mais dinheiro?"

Paulo Trigo Pereira escreve sobre a polémica do alojamento local: "A questão da fiscalidade e da regulação dos diferentes tipos de uso de habitação merece ser revisitada numa perspetiva global, tendo em conta critérios de eficiência e de justiça social".

Paulo de Almeida Sande escreve "É o terrorismo, estúpido": "Le Pen não ganhou. May ou Corbyn podem ou não ganhar. Macron pode ou não ter a maioria absoluta no parlamento francês. Mas o terrorismo veio para ficar e é impensável deixá-lo vencer".

Manuel Villaverde Cabral também escreve sobre o tema:"Com o tempo; com a repetição dos atentados; com a exiguidade das explicações fornecidas, com a difusão do mantra «Je suis Charlie», a opinião pública não sabe o que pensar e muito menos o que fazer".

Laurinda Alves escreve "Pais, não exasperem os filhos!":"Um pai é um pai, não é um professor. E um professor é um professor, não tem que substituir os pais. O ideal seria que uns não sobrecarregassem os outros para não atormentarem os que dependem deles".


Os nossos Especiais

Será que homens e mulheres têm cérebros diferentes? E porque é que há pessoas que se lembram dos seus sonhos e outras não? E em que pensamos quando não estamos a pensar em nada? Muito mais perguntas (e todas as respostas) estão num livro das jornalistas Filomena Naves e Teresa Firmino que o Observador pré-publicou. Leia um excerto aqui.


Notícias surpreendentes
Demorou, demorou, mas já está. Sete meses depois de o prémio ser anunciado, Bob Dylan apresentou finalmente o seu discurso de aceitação do Nobel da Literatura.Mistura Moby DickOdisseia e Buddy Holly. Pode ver o vídeo com o texto completo aqui.

As Pega Monstros têm um novo disco, "Casa de Cima", e o Tiago Pereira, que percebe do assunto, dá-lhe quatro estrelas e escreve: "Pode parecer rock mais contido, mas é um engano que vem antes da boa tempestade: sete canções feitas a copos e coração".

Chama-se HomePod e foi a grande novidade apresentada ontem pela Apple na Worldwide Developers Conference. É um assistente para casa que vai competir com o Amazon Echo e com o Google Home. Há ainda novos sistemas operativos, novos iPad Pro e um iMac para profissionais.

A marca Cantê é portuguesa e nasceu para acabar com a mania de que os biquínis tinham de vir do Brasil. Depois da coleção de criança, chegaram as toalhas e a lingerie. A Ana Dias Ferreira conta a história toda.

São 35 fotos intimistas (e a cores) dos maiores conflitos do século XX: um militar americano que segura ao colo um rapaz francês na Segunda Guerra Mundial ou soldados que separam das namoradas e mulheres numa estação de comboios.

Ao longo do dia, vá passando por aqui: estamos sempre a atualizar as últimas notícias.
Até já!
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